O Parque Estadual da Caverna do Diabo foi criado em 2008 e está localizado ao Sul do estado de São Paulo, na região do Vale do Ribeira. Abrange os municípios de Barra do Turvo, Cajati, Eldorado e Iporanga, sendo a Caverna do Diabo o principal atrativo turístico.
A Caverna do Diabo tem esse nome porque quando era utilizada por antigos moradores dos quilombos para armazenar os alimentos em lugar mais fresco, os animais que habitavam por ali mexiam naquilo e espalhavam os alimentos para fora da caverna. Somado a isso, havia o barulho da água que vinha lá de dentro do rio que corta a caverna e assim os moradores quando viam aqueles alimentos espalhados e escutavam aquele barulho sem saber o que era, achavam que tudo fosse obra do diabo.
Como chegar: o parque está localizado no sul do estado de São Paulo, a cerca de 200km de Curitiba e 320 km de São Paulo. Está situado a mais ou menos no meio do caminho entre os municípios de Eldorado e Iporanga. O caminho mais fácil é pela rodovia Régis Bitencourt – BR-116, entrando em Jacupiranga e seguindo até Eldorado pela SP-193. Passando por dentro da cidade, pegue as placas que dizem Caverna do Diabo, que está na rodovia SP-165 uns 40km adiante, sentido Iporanga, que também está a mais ou menos 40km do Parque Estadual Caverna do Diabo.
A estrada que sobe até a entrada do Parque é asfaltada e bastante íngreme.
Onde ficar : sei que há hospedagens em Eldorado ou em Iporanga. Eu fiquei em Iporanga, a 40km, porque visitei o parque PETAR na sequência.
Como funciona o parque:
Tem um custo de R$ 12,00 por pessoa para a entrada e mais R$ 11,00 pelo guia (monitor) obrigatório (preços de janeiro de 2016) e só é aceito dinheiro. Existe a meia entrada para estudantes e isenção de entrada para pessoas com mais de 60 anos.
Toda a caverna deve ser visitada com guia que será disponibilizado na hora que você compra o ticket. O tamanho do grupo pode ser de no máximo 12 pessoas e a cada 20 minutos entra um grupo na caverna.
O horário de visitação no parque é das 8h às 17h de terça a domingo ou até o número máximo de 672 visitações por dia. Abre às segundas somente quando tem feriados ou for época de férias.
No parque, ao lado do estacionamento, tem vestiários, um centro de visitação e um restaurante que serve lanches e refeições.
A CAVERNA DO DIABO:
Foi formada pela ação do movimento da água do rio das Ostras que corta toda a extensão de 8km de caverna e, logo na entrada, o visitante ouve o barulho de uma pequena queda d’água. Apenas 600m de percurso dentro da caverna estão abertos à visitação e no total há mais de 340 degraus até atingir o ponto mais alto que fica a 75m de altura.
Para chegar até a boca de entrada da caverna, você vai andar por 500m em uma estrada com calçamento e mata atlântica exuberante. Logo antes da entrada na caverna, há banheiros.
A guia comentou que um grupo que havia visitado esse lugar uns dias antes da nossa visita, saiu da caverna com água pela cintura, tanto foi a intensidade de chuvas pela qual passou a região em janeiro.
Para a entrada é necessário descer uns poucos degraus. O percurso dentro da caverna é muito fácil, todo demarcado, iluminado e com a guia mostrando e explicando as formações. A duração da visita é de 1h.
Todas as formações são muito sensíveis, evite tocá-las e danificá-las, afinal foram milhões de anos para que tudo isso se formasse e a caverna está em constante transformação.
A grandiosidade dos salões impressiona, assim como a altura das colunas formadas pela união de uma estalagmite com uma estalactite.
As suas magníficas formações de estalactites e estalagmites são consequência do gotejamento de água através das fendas de rocha calcária. O calcário dessa rocha é transportado pela água e em contato com o ar forma um anel de calcita na gota d’água. Cada gota dá origem a um anel de calcita, que se consolida nas formas das estalactites. Os pingos das estalactites dão origem às estalagmites e em algum dia, a tendência é ocorrer a união delas e a formação de colunas. Esse processo todo é bastante demorado e contínuo, crescendo no máximo 3mm por ano e por isso a importância de preservar o ambiente.
A caverna é de uma beleza extraordinária, há incontáveis espeleotemas e formas que aguçam a imaginação:
A mão de Deus:
Um bolo de noiva:
Um altar de promessas:
Um imagem do Mestre dos Magos, do desenho animado Caverna do Dragão (rs!):
Você vai se maravilhar com tantos detalhes que a natureza nos proporciona dentro de um pequeno trecho de uma única caverna.
TRILHA DO ARAÇÁ:
Uma trilha curta e fácil, porém completamente embarrada, devido às chuvas que caíram até um dia antes de chegarmos aqui. Leva até uma cascata pequena, mas convidativa para um refrescante banho.
Fica quase ao lado da entrada da Caverna do Diabo e a distância de trilha percorrida é de 810m no total com baixo nível de dificuldade.
Resultado dessa trilha:
TRILHA MIRANTE DO GOVERNADOR:
Essa trilha não subi, pois com a indicação de ser uma trilha nível médio, meus pais não quiseram arriscar e preferimos então seguir viagem para o PETAR. São no total (ida e volta) 1,6km e é um mirante com vista da mata atlântica da região e do rio Ribeira do Iguape.
NÃO ESQUECER:
É obrigatório o uso de calçado fechado, então se você esqueceu o seu, há calçados CROC lá na entrada da caverna:
Se quiser entrar na cascatinha, melhor ir com roupas de banho e/ou que possam molhar e poderão ser trocadas no vestiário do parque.
Protetor solar, repelente de mosquitos e máquina fotográfica são itens que sempre carrego na minha mochila de trilha e, apesar de a caverna ser iluminada, você pode levar sua lanterna.
Entre no site do parque para maiores informações: Caverna do Diabo.
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