Kauai é conhecida como a Garden Island do Hawaii, por suas densas florestas com diversificada vegetação que junto com gigantescas cascatas confere um ar, além de pura beleza, de mistério. É também conhecida como a ilha das galinhas. Isso mesmo, tem galinha pra todo lado, inclusive, souvenires são vendidos em formatos da ave. Foi a primeira ilha havaiana que conheci e é a ilha geologicamente mais antiga e a menos habitada do Hawaii.
Kauai é de beleza indescritível. Não é à toa que já foi cenário para muitos filmes, como: Piratas do Caribe, Parque dos Dinossauros, King Kong, A Ilha da Fantasia, O Mistério da Libélula, Esposa de Mentirinha, Os Descendentes, Coragem de Viver, A Trilha, Seis Dias, Sete Noites, George, o Rei da Floresta, Hook… Tá bom, chega (rs!).
Para retornar ao primeiro post sobre informações gerais do Hawaii, clique aqui.
COMO CHEGAR: para ir até Kauai, procure voos para Lihue. Há voos saindo de outras ilhas do Hawaii e também de algumas cidades norte-americanas, como Los Angeles, San Diego, Seattle, e Vancouver no Canadá. Dá uma conferida se houve alguma atualização sobre voos.
Eu cheguei num voo direto de Los Angeles, foram 6h de travessia sobre o oceano Pacífico. De Honolulu o voo dura 40 minutos.
ONDE FICAR: vai depender da sua programação na ilha. Fiquei 3 noites e juro que ficaria aqui nesta ilha por uma semana (ou mais, por que não?). O hotel ficava em Kapa’a, região com praia de areia e hotéis a beira-mar. A ilha tem muitas opções de bons hotéis. Para ver a lista completa clique aqui.
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COMO CIRCULAR: sem dúvidas a melhor forma é alugando um carro. Não foi preciso ser 4×4, como na Big Island. Os estacionamentos eram gratuitos em todas as praias e na grande maioria delas havia boa estrutura de banheiros e chuveiros.
QUANDO IR: faz calor o ano inteiro, a água do mar estava numa temperatura bem agradável (digo isso para o mês de agosto). É considerado um dos locais com maior índice pluviométrico do planeta, mas não deixe de sair para passear, pois a chuva passa e o sol aparece. Foi assim que aconteceu comigo, chuva e sol todos os dias.
O QUE FAZER: ir à praia, praticar esportes, principalmente golfe, fazer trilhas, apreciar a natureza, voar de helicóptero… são tantas coisas que podem ser feitas na ilha que os 3 dias que fiquei foram bem corridos.
Meu roteiro foi visitando os locais na ordem apresentada:
1º dia: Kilauea Point e as praias do norte: Princiville, Hanalei, Haena, Ke’e
2º dia: Praias do sul: Shipwreck Beach, Poipu, voo panorâmico, Waimea Canyon, Kalalau Lookout
3º dia: trilha Hanakapiai (praia e cascata) e voo para Honolulu
Kilauea Point (National Wildlife Refuge): fica entre as praias Kapa’a Beach e Kelia Beach, é um farol que se transformou em Parque Nacional por causa das plantas nativas e da quantidade de aves que fazem ninhos nas encostas. Há uma taxa de entrada de us$ 5,00 para a trilha asfaltada que leva até o super hiper pequeno museu. A vista do mar do pacífico é linda e os pássaros é que são a maior atração do lugar. Fica aberto de terça a sábado das 10h às 16h.
Princeville: um bairro bacana, charmoso, cheio de campos de golfe, condomínios e alguns resorts. Por conta disso, as praias são de difícil acesso, há muita encosta e não conseguimos chegar na praia.
Aqui tem um ponto interessante chamado Queen´s Bath, uma piscina natural na encosta do mar. Fui logo pela manhã e como estava cheio de gente na trilha, desisti. Pensei em ir no final da tarde, mas acabei ficando mais tempo nas outras praias que nem voltei lá. Mas fica a dica: é difícil encontrar, perdi bastante tempo nas ruas sem saída e curvas de Princeville.
Hanalei Bay: seguindo a mesma estrada chega-se na cidade do surf, vê-se um centrinho bem bonitinho, com restaurantes e lojas. Tem vários locais para aluguel de caiaques, pranchas de surf e stand up.
A praia de Hanalei já foi considerada uma das mais bonitas dos Estados Unidos, embora o tempo não tenha ajudado muito para que eu concordasse com isso.
Makahoa Point: lugar que achamos porque havia carros estacionados no acostamento. Por curiosidade paramos também. Procuramos uma trilha e não encontramos logo ali, mas descemos mesmo assim, no meio das árvores e do solo escorregadio. Foi interessante, mas não há praia exatamente aqui, apenas pedras na encosta com o mar.
Daqui desse ponto fomos andando para a Lumaha’i Beach.
Lumaha’i Beach: chegamos aqui também por acaso, por essa trilha em Makahoa Point. Entendi onde estavam as pessoas de todos aqueles carros estacionados lá em cima. Praia linda sem infraestrutura.
Haena Beach Park: ainda na mesma rodovia onde no final dela está a linda Tunnels Reef.
Tunnels Reef: é quase impossível estacionar o carro. Havia nem meia dúzia de vagas bem estreitas num beco que chega na praia. Fora dali, tudo é proibido e esse trecho da praia de Haena é bastante procurada para ver tartarugas. Confesso que eu não as vi.
Um pouco antes de chegar em Ke’e Beach, tem uma gruta vista da estrada mesmo. Parei, mas não tem nada demais.
Ke’e Beach: tem um estacionamento pequeno (portanto, chegue cedo), tem guarda vidas, banheiros e chuveiros. A praia é linda, tem corais que ficam à mostra na maré baixa e a água é azul turquesa.
Do lado esquerdo de quem entra na praia é onde inicia a famosa trilha de Hanakapiai, início da Napali Coast, e de onde você pode ver a real beleza da praia. Mostrarei mais adiante quando escrevo sobre essa trilha.
Wailua Falls: cachoeira fácil de chegar de carro e está bem próximo a Lihue. A estrada acaba no mirante dela. Toda a sua volta foi fechada com cerca para impedir que fossem feitas trilhas até a cascata.
E vista do passeio de helicóptero que mais adiante comentarei, é mais bonita:
Opaeka’a Falls: como acabei passando muito rapidamente por aqui, não achei que vale a pena. Aliás, valeu porque estava mais ou menos no caminho da Wailua. Deve haver trilhas para chegar nelas, mas não tive tempo.
Tree Tunnel: indo para a próxima praia, Shipwrech, passamos por esse lindo túnel de árvores na estrada. Está localizado na primeira milha da highway 520 (Maliuhi Road). Boa parte dessa plantação de árvores foi reconstruída depois que o furacão Iniki passou por aqui em 1992.
Shipwreck Beach: é uma enseada com ondas fortes, boa para a prática de surf, fica numa área de grandes resorts e não vi infraestrutura pública. Ao lado do Grand Hyatt tem um pequeno estacionamento público, se der sorte você consegue uma vaga em frente à praia.
Caminhando para o lado esquerdo da praia para explorar uma encosta, descobrimos uma curta e fácil trilha chamada Mahaulepu Heritage Trail que você pode caminhar lá por cima beirando o mar.
Tem uma prainha de pedras e corais por ali, mas não sei dizer se a maré sobe e a esconde.
Poipu: praia popular com bastante estacionamento, mesas, chuveiros e banheiros. Tem um trecho de mar calmo ótimo para crianças, porque a orla está protegida por um molhe.
Waimea Canion Lookout: fica na Waimea Canyon Drive 550 e todo o percurso é asfaltado com vários mirantes. O visual da estrada já é lindo. O canion, também chamado de Grand Canyon do Pacífico, tem trechos com mais de mil metros de profundidade.
As cascatas são incríveis, as cores e o silêncio.
Há trilhas guiadas lá por baixo no canyon, mas não tive o prazer de conhecê-las.
Kalalau Lookout: o mirante foi bacana, mas o mais legal foi fazer a trilha Pihea. No mirante mesmo não tem mais nada pra fazer, além de apreciar a altura.
Lá em cima tem uma placa do Monte Wai’ale’ale, considerado o ponto mais úmido no planeta. Ah, por isso peguei chuva (rs!).
A trilha começa aqui, mas começou a chover e fomos tapados pelas nuvens. Parecia aquelas cenas de filmes de suspense. Bem que disseram que Kauai é misteriosa.
Napali Coast: esse é o must see de Kauai. Seja de barco, de helicóptero ou por trilha. É considerado um dos lugares mais lindos do planeta, já foi cenário de filmes como Parque dos Dinossauros e A Trilha.
Se quiser fazer um voo panorâmico e não sabe em qual das ilhas do Hawaii fazer, Kauai é o lugar! Guarde um dinheirinho pra fazer esse voo, porque realmente vale a pena.
A forma mais radical de conhecê-la é através da trilha guiada que atravessa toda a Napali Coast. Eu adoraria, mas requer pelo menos uns 3 dias de caminhada intensa. Isso porque a maior parte da Napali é inacessível e através do voo panorâmico você pode entender o porquê disso.
Os voos panorâmicos são os mais procurados e sobrevoam não somente a Napali Coast como também o canion de Waimea, que é espetacular também visto aqui de cima.
Ver dezenas de cascatas imensas, quase inacreditáveis de tão altas e como havia chovido bastante (inclusive choveu durante o voo), as cachoeiras estavam lindas demais!
Pra mim, o momento mais emocionante do voo nem foi a costa litorânea da Napali, foi o cânion do Avatar. O piloto entra no meio dos gigantescos canions e fica cara a cara com imensas cascatas que nem o término delas eu conseguia enxergar. Como estava bem nublado, entramos nas nuvens para chegar lá e o passeio teve um ar de mistério impagável. É simplesmente fantástico quando a encosta repleta de floresta se descortina detrás das nuvens na sua cara com cascatas incríveis! Não sei mais como descrever isso… já estou me emocionando só de lembrar…
Esse é o Monte Wai’ale’ale, aquele ponto de maior pluviosidade no planeta que comentei acima e que começamos numa trilha no topo dele até sermos engolidos pelas nuvens.
E esta cachoeira abaixo, você lembra do filme Parque dos Dinossauros? Ela se chama Manawaiopuna, tem 122m, fica no Hanapepe Valley, não tem acesso por terra, mas pode descer de helicóptero lá, vimos um pousado.
Hanakapiai Beach: para chegar nessa praia, tem que fazer uma trilha que estava bastante movimentada. Voltamos lá bastante cedo no dia de ir embora, primeiro pra conseguir vaga pro carro e segundo pra poder curtir a praia sem que tivesse muita gente.
A trilha Hanakapiai tem 3,2 km (ida) até a praia, entre subidas e descidas costeando o mar e está bem marcada. Há trechos com sombra e alguns com vista ora para o mar azul, ora para o canion maravilhoso repleto de floresta.
A praia estava quase deserta quando chegamos, depois de 1h30min de trilha que considero nível moderado. Era mês de agosto e não havia ondas, o mar era calmo, o lugar estava silencioso e não tem nada de infraestrutura (adoro!).
Dali da praia tem outra trilha de outros 3km até a linda cascata Hanakapiai. Não havíamos pensado em ir, mas fomos, obviamente fiz pressão, porque meu marido nem na primeira parte da trilha andava muito feliz.
Esse segundo trecho de trilha foi mais intenso e demorado, em torno de 2h devido ao terreno barrento (por causa da chuva do dia anterior) e das 6 travessias do rio que vai desaguar lá na praia por onde chegamos. Nunca vi tantas goiabas caídas das árvores, em alguns locais estava mais para chão de geleia de goiaba, tudo pisoteado.
Fiquei algum tempo contemplando a cascata, descansando na trilha louca. Eu estava imunda, molhada e lascada de um tombo que caí numa pedra úmida. Aliás, essa trilha foi bastante escorregadia.
Não sei se porque foi a primeira ilha do Hawaii que visitei, mas Kauai roubou meu coração. Parte de mim ainda está lá. Preciso voltar para buscar!
Para informações completas do Hawaii, acesse os posts abaixo:
- Post 1 – Hawaii – Dicas Gerais
- Post 2 – Ilha de Kauai
- Post 3 – Ilha de Maui
- Post 4 – Ilha de Maui – Road to Hana
- Post 5 – Big Island
- Post 6 – Big Island – Volcanoes National Park
- Post 7 – Ilha de Oahu – South Oahu
- Post 8 – Ilha de Oahu – North Shore e East Oahu
- Post 9 – Ilha de Oahu – West e Central Oahu
Eu também amei conhecer Kauai e estou voltando este mês de julho/2017 ao Hawaií.A primeira vez ficamos somente em Oahu e Kaua( 3 dias Oahu,15 dias Kauai.Apaixonei totalmente pela Ilha.Agora vamos visitar,além destas duas,na Big Island.Estou muito feliz por poder voltar e agradeço à Deus pelo privilégio.abs
Olá Carmen,
que maravilha poder voltar ao paraíso! Vai pela primeira vez à Big Island? Acho que vai gostar, porque é diferente das outras. Cada uma com uma beleza singular, né?
Que bom que você vai voltar, curta muito!
Beijos, Juli
Ola Juli! adorei seu post e sua descrição do voo de helicóptero;
gostaria de saber se você ainda se lembra de qual empresa contratou para o voo pois gostaria de ter a mesma experiência.
muito obrigada pela atenção
bjoo
Oi Verena,
eu fiz com a Sarafi Helicopters, num equipamento que cabiam 6 pessoas mais o piloto.
Fiquei com vontade de fazer o passeio num helicóptero que não tinha portas, mas não lembro o nome da empresa que vi lá na pista… o problema é chover… peguei chuva no voo e teria ficado com tudo molhado… kkkk