Viajei para São Paulo em novembro/15 com meu maridão, Paulo, e nosso filho Bernardo, o Bê de 5 anos (que AMA viajar – daqueles que você diz na véspera: Filho, amanhã a gente vai para SP e ele sai correndo para colocar a mochilinha nas costas 😀).
Como chegar
Saindo do Rio de Janeiro, a melhor opção é a ponte aérea.
No nosso caso, no entanto, como estávamos em Macaé (que fica a 3h do Rio, pela BR-101 – preguiça de pegar estrada, deixar carro no aeroporto, fora que na volta – cansados – ainda teríamos que voltar dirigindo) pegamos o leito à noite e fomos direto para SP, chegando pela manhã bem cedinho. Perrengue? De jeito algum! A cadeira do ônibus LEITO é melhor que muita primeira classe por aí, com direito a mantinha felpuda e água (grifo leito porque no Executivo a história pode ser diferente). Bernardo foi dormindo feito anjo. Chegamos inteiros e dispostos para aproveitar todo o nosso primeiro dia (e pense: você já sai meio que “ganhando” pois começa pagando a diária no Hotel no dia que vai realmente começar a utilizá-lo… porque não sei quanto a vocês mas não gosto nada de chegar num hotel de madrugada e já ter pago de cara uma diária. Mas às vezes, dependendo do destino, faz parte…).
Hotel
Nos hospedamos no Meliá da Paulista (Avenida Paulista, 2181) que dispensa comentários. Localização impecável, com estação de metrô a poucos metros, embora a gente só tenha se locomovido de táxi. Sei que tem pessoas que preferem alugar carro, mas em SP sempre prefiro estar de taxi. Atendimento maravilhoso (adoro o serviço em SP de modo geral). Café da manhã regado, com muitas opções de frutas, sucos, cereais e iogurtes para os pequenos. Ovinho mexido feito na hora, bolos, biscoitos, pães e frios completam a mesa matinal.
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Passeios
No primeiro dia, por termos chegado de manhã cedinho, resolvemos descansar um pouco e esticar o esqueleto. Como havia quartos disponíveis, o Meliá liberou a nossa entrada mais cedo (ponto para o hotel). Acho importante esses “breaks” para não estressarmos tanto nossos filhotes. Eu mesma já quis fazer programações em viagens que depois percebi que para a idade do Bê estava sendo muito pesado (muita correria). E nós conhecemos a nossa cria e sabemos a hora que estão precisando de um intervalinho, né?
Parque da Mônica – Depois da “pausa”, fomos ao Parque da Monica, no Shopping SP Market, na Av. das Nações Unidas. Destaco aqui que, se vc já o visitou há algum tempo, deve atentar que ele mudou de lugar (o Parque da Monica era no Shopping Eldorado e depois de 5 anos desativado, reabriu onde era o antigo Mundo da Xuxa).
Para mim, é um parque relativamente pequeno, até porque fica dentro de um shopping. Ou seja, não espere um parque gigante. Porém, para um parque “indoor”, tem muitas atrações e vale muito a pena.
Uma amiga já havia comentado comigo sobre as excursões de escolas (sim, durante a semana eles recebem muitas excursões) mas nada que me tirou do sério em termos de fila. Para a idade do Be (5 anos) é perfeito em termos de atrações. Creio que lá as crianças com mais de 1 metro aproveitem mais, por isso sempre é bom dar uma olhadinha nas restrições quanto à altura dos brinquedos. Agora se você tem um mais velho e um mais novinho, não se preocupe: lá tem um bom espaço de brinquedoteca, com brinquedos próprios para os “mais” pequenos rsrs.
Bernardo se esbaldou… fomos no bate-bate, montanha-russa, labirinto, ele foi sozinho na roda-gigante, carrossel, escalada (um paredão bem legal), Vale dos Dinossauros (ele é apaixonado por dinossauros) e um dos que mais gostamos que foi o Horacik Park (dá uma molhadinha, mas nada tipo Beach Park 😅). Obs.: tem um Mc Donald’s dentro do Parque. Há uns quiosques com algumas coisinhas até saudáveis como frutas. Mas você pode levar sem preocupação o lanchinho (eles não restringem entrada de alimentos).
Para entrar no site do Parque da Monica clique aqui.
Depois de toda a farra, paramos para tomar um café no Starbucks do shopping. Pegamos um táxi e fomos jantar no Eataly.
Eataly – Aqui, merece um destaque: Eataly. Sou verdadeiramente apaixonada pela estrutura do Eataly – para quem ainda não conhece a idéia vem da junção de “EAT” (comer) e de “ITALY” (Itália) ou seja um espaço onde encontramos boa comida (maravilhosa, sou suspeita) e ainda produtos italianos de boa qualidade. E lá, ao contrário do que possa parecer, não tem só comida italiana. Começamos pelo La Piazza, que fica logo no primeiro andar, abaixo das escadas rolantes e pedimos uma tábua de queijos e frios. O pão é uma delicia e ainda vem com duas geléias. Tudo acompanhado de um bom vinho (ok, quando estou com Be e não estou dirigindo me permito uma tacinha! 🍷”tim tim”).
Subimos ao segundo andar e fomos no La Pasta. Massas deliciosas (com opções para crianças, Be come bem massa) e entradas divinas. Pedimos uma que eram 3 sabores de pizza numa só. E Be entrou na dança tb. Comeu direitinho. De sobremesa, tomamos um sorvete na Venchi! Humm e ainda um cafezinho para arrematar!
Obs.: o Eataly é tão bom que no dia seguinte fomos jantar novamente lá (e olha que prefiro conhecer um novo a repetir, mas lá vale!) Só que no dia seguinte jantamos no La Carne (pratos deliciosos). Ainda tem as opções do La Piesce (frutos do mar), Il Crudo (peixes crus e ostras) e Le Verdure (vegetariano). Ou seja, tem pra todos os gostos e com altíssima qualidade. Fora que vc ainda pode fazer umas comprinhas (temperos, comidinhas, artigos de cozinha e etc).
Eu até brinquei com Paulo que para gente só “sobraram” os restaurantes (pois tentamos fazer tudo pensando no Be).
Para acessar o site do Eataly clique aqui.
Pausa para dormir (hahaha).
Parque do Ibirapuera -No segundo dia, o tempo amanheceu meio ruim, chuviscando (afinal é a terra da garoa) mas resolvemos arriscar e fomos ao Parque do Ibirapuera, pois já tinha ido em SP outras vezes e nunca tinha conhecido!. Nossa, valeu muito a pena e no final abriu até um solzinho ☀️
Paulo adora correr… só que a mamãe aqui tá meio enferrujada! Então fomos atrás de aluguel de bicicleta (Be ama ficar na garupinha). E lá se foram quase 11km de muito verde. Uma delicia! Sempre que posso encaixo programas ao ar livre na programação 🙂
Obs.: uma colocação aqui. Se você for já pensando em alugar uma bike, o ideal seria já chegar pela entrada mais próxima ao Portão 3 (vide o site aqui ), porque no nosso caso chegamos “no escuro” e tivemos que andar um bocado até chegarmos no ponto da locação (lá tem apenas um único ponto para alugar bike 😔) e isso deixou o Bê um pouco “enjoadinho” – melhorou assim que viu as bicicletas rs. O parque conta com diversas áreas para as crianças brincarem, pracinhas… valeu o exercício. Esqueci de pedir a tranca para bicicleta mas deixamos ela encostada numa árvore durante um bom tempo enquanto Bê brincava e não tivemos problema. Mas, nos dias de hoje, sugiro lembrar de pedir rsrs.
Kidszania – Como levantamos cedo, almoçamos e ainda tínhamos a tarde para aproveitar. E aí, a mais grata surpresa dessa viagem: Kidszania, no Shopping Eldorado, segundo subsolo (Av. Rebouças, 3970 – Pinheiros). Um parque do qual ainda não se ouve falar tanto talvez por ter inaugurado há menos de um ano (eu aqui no Rio fui saber há bem pouco tempo).
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: eles dividem o horário de funcionamento em dois turnos, varia conforme o dia da semana. Ou seja, vale ficar atento para pegar a Kidszania assim que abrir (seja pela manhã ou à tarde) já que são muitas atividades e o período acaba ficando mais curto por serem dois turnos.
Na Kidszania as crianças vivenciam as experiências das profissões só que de maneira lúdica, brincando. Tudo muito bem pensado e organizado. O mais legal é que lá eles têm a própria moeda. Na entrada, os pequenos recebem um cheque e vão ao banco trocar por dinheiro (tem Santander, Bradesco e as caixas perguntam: – Pois não, senhor, bom dia! Já começam a ser tratados como gente grande logo na entrada, olha que fofo!). Daí essa mamãe aqui foi junto. Ops! Mamãe, aqui só entram as crianças. Mas gente, que legal! As crianças que ficam na fila (não rola em hipótese alguma pai guardar lugar para o filho, regra expressa no regulamento do local) pois as próprias crianças têm que aguardar. Achei isso o máximo! Estimulando a independência delas. E outra, não rola aquele papo “mamãe, não quero esperar”. É meu filho, você vai ter que esperar um pouquinho. Mas eles vêem que só tem crianças e acabam entrando no clima. Mas voltando ao lance da moeda… em cada atividade a criança paga ou recebe um valor. Por exemplo, se quiser participar da oficina de culinária, se o menino quiser ir ao barbeiro ou a menina quiser ir ao salão de cabeleireiro tem que pagar. Já em outras eles recebem uma “remuneração” como no caso do Corpo de Bombeiros, médico socorrista… Falando nessas duas, gente… como bombeiros, as crianças participam de um chamado para apagarem um incêndio. E lá vão eles (uniformizados) a bordo de uma mini viatura e param num Hotel em chamas (de mentirinha mamães, tranquilo, calma! Hahaha). Eles saem e pegam as mangueiras e tchaaaa! Água, água e água (não molham nada porque eles miram no Hotel). A carinha deles quando o Bombeirão (o “tio” monitor) grita: Senhores Oficiais, apagamos o fogo… nossa, impagável! Acho que intuitivamente já enxergamos os Bombeiros como nossos super heróis da vida real. Enfim, mágico! Fora que em todas essa “magia” permanece: na escola de aviação (patrocinada pela TAM) eles se vestem de Comandante e entram num simulador de vôo. No hospital, eles vestem jaleco, no caso do Be teve direito até a estetoscópio. Imagina a mamãe babona aqui vendo aquele pingo de gente de médico?! E o melhor… eles vão numa mini-ambulância e param num determinado ponto para realizar um “resgate” de uma pessoa que está acidentada. Be pegou direitinho e colocou no coração da menininha. Quase tive um treco hahaha. Fora o caráter um tanto pedagógico da proposta em relação à educação financeira. Sei que ele está muito novinho mas ele entendeu que em algumas ele ganhava e em outras tinha que “gastar”. Quem sabe eles não dão mais valor ao trabalho né? Embora não tenha massificado isso, achei legal esse viés.
Enfim, se vcs forem, vão saber. Achei incrível! E ele tb. Quando saímos, ele no taxi pra mim: Mamãe, foi sensacional (e o coração dessa mãe para de bater por um segundo de tanta felicidade).
OBSERVAÇÃO: as atrações são direcionadas para crianças entre 4 e 14 anos. E novamente, algumas contam com restrição de altura.
Depois, fomos ao Eataly pela segunda noite, conforme adiantei lá atrás. Ah… dessa vez a sobremesa foi um delicioso crepe de Nutella (Meu Pai do Céu, socorro!!!)
Pausa para dormir (em viagens poderia existir uma pílula que a gente tomasse e equivalesse as tão sonhadas 8/9/10 horas de sono hahaha (principalmente nas viagens que a gente faz sem as crianças né?). Mas isso é papo para a Fabi hahaha.
Terceiro dia: Museu do Catavento e Parque Municipal + passeio pela Oscar Freire (tivemos que negociar um sorvete na Ben & Jerry’s, claro!)
Obs.: como já íamos embora à noite, antes de sair fizemos o checkout e deixamos nossas malas no hotel. Mais uma estrelinha para o Melia.
Museu do Catavento – O primeiro destino do dia foi o Museu do Catavento na Av. Mercúrio, S/N, Parque D Pedro II, Brás. Bastante interativo, prende bastante a atenção das crianças – e dos adultos. Aos sábados a entrada é gratuita (meu marido disse que nunca viu alguém abrir a carteira tão rapidamente) hahaha. Demos sorte. Mas por outro lado, é um dia que fica bem cheio. Analise, pois a entrada tem um valor baixo e talvez pudesse ter aproveitado melhor as atividades com o Museu mais vazio.
Aos finais de semana, feriados e períodos de férias escolares, algumas atividades precisam ser agendadas com senha. Quando cheguei ao Museu tomei um susto com a fila (depois percebi que a fila não era para entrar no Museu – estava tranquilo – mas sim para as tais atividades). Como no final a gente acaba sempre entrando na fila (reza a lenda que brasileiro adora uma fila kkkkk), lá fomos nós (até porque essas são as mais interessantes do Museu).
Como a fila estava enorme 😔, quando chegou a nossa vez algumas que queríamos já tinham esgotado (se liga no Lego, viagem ao fundo do mar, aventura no sistema solar) mas acabamos conseguindo para outras: estúdio de TV e laboratório de química. O estúdio de TV já senti de cara que ia ser legal. Eles mostram o passo a passo da edição de um vídeo – numa linguagem superficial por conta do tempo; chamam as pessoas para participarem (quem quiser, claro, Paulo estava em pânico pois ele odeia aparecer kkk) já o Be adora participar. No final eles mostram como fica a versão final do vídeo e ainda nos dão uma senha para visualizar em casa. Eles têm o projeto Catavento TV. Bem bacana! Agora a surpresa ficou por conta do laboratório de química. Até no início da atividade o Instrutor (muito bom por sinal) diz: “Vem cá, vocês só estão aqui porque a senha dos outros acabou primeiro né?” 😂😂 Mas sabia que é muito interessante? Até para as crianças pequenas vale a pena porque elas vêem aqueles tubos de ensaio, as misturas, um líquido verde que com um pó (já não me lembro mais qual é haha) fica azul, um outro tubo com um líquido que quando misturado a outro pó explode e assim vai indo e quando você vê já acabou e pensa: voou! Ou seja, se você quiser alguma atividade que já tenha esgotado não fique triste pois pode se surpreender 😉.
Mercado Municipal – De lá pegamos um táxi (é bem pertinho mas confesso que achei a “vizinhança” meio estranha rs) e fomos ao Mercado Municipal. Acho que já que estamos tão próximo, vale a visita. Fizemos algumas comprinhas (castanhas maravilhosas) e fomos almoçar.
Escolhemos o “A” Figueira Rubayat (Rua Haddock Lobo, 1738). Eles mantiveram uma centenária figueira no meio do salão do restaurante, o que dá um charme todo especial ao ambiente. Uma referência de boa culinária, fez jus à fama: o steak tartare estava de matar, o baby beef suculento e o prato kids (pedi massa com molho à bolonhesa para o Bê) estava divino.
Depois de tanta comilança fomos caminhar pela Oscar Freire (afinal ainda tínhamos um tempinho até o nosso busão partir). Confesso que por um minuto queria estar lá com as amigas – bater perna pelas aquelas lojas maravilhosas – vitrines bacanérrimas – com preços nem tão bacanas assim rs, mas acorda Mamãe, essa viagem aqui é para o filhote! E o maridão tb não curte muito ficar olhando vitrine 😂😂 Ok, já estou de volta… e demos apenas uma leve caminhada – o que já valeu aos olhos (adoro a Oscar Freire) e à gula: nos entregamos aos sorvetes da Ben & Jerry’s (Rua Oscar Freire, 957).
De lá, pegamos as nossas malas no hotel e partimos rumo ao Terminal Tietê para voltar a nossa casinha.
Bem, trouxe na bagagem ótimas recordações e para mim foi uma viagem que valeu demais e sinto que o Bê também aproveitou muito! Acho que não é pelo fato de termos filhos que estamos impedidos de viajar. Eles podem ser ótimos companheiros de viagem. Bastam algumas adaptações… afinal somos todos Loucos por Viagem 😜
Fico por aqui agradecendo a minha amiga Erica que me falou sobre o Kidszania e sobre o Catavento e dando o meu muito obrigada a você Fabi, minha querida amiga, por essa oportunidade. Espero que tenha colaborado de alguma forma (afinal estou em eterna dívida com você que sempre me dá dicas tão valiosas!).
Espero que tenham gostado e aproveitem!”
Ariana é esposa do Paulo, mãe do Bernardo, carioca que mora em Macaé, advogada, trabalha fora e divide as angústias, neuroses e felicidades de ser mãe no insta @MaternidadeSemNeurose e em breve no site www.maternidadesemneurose.com.br
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Adorei as dicas, estou p levar as crianças lá e vou aproveitar o roteiro
Que bom!!!! beijocas