Chapada dos Guimarães, Mato Grosso

Em 27/10/2015 por Fabi Gama

Essa é a segunda vez que a querida Carol Trevelin, que posta fotos lindas em seu instagram (@carol_trevelin), aparece aqui no blog para dividir conosco dicas ótimas de viagens incríveis!! Da primeira vez ela contou tudo sobre o tesouro mexicano Huasteca Potosina, lembram? Hoje a Carol vai contar aqui para gente tudo sobre um paraíso no Brasil : Chapada dos Guimarães.  Com a palavra, Carol!

“Que o nosso Brasil é lindo, todo mundo sabe! E, na tentativa de conhecer sempre lugares novos a cada feriado que me aparece, quando possível, eu e meu namorado, Marcus, decidimos visitar a Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso. O feriado escolhido foi o de 7 de setembro e, como era um feriado de três dias, estudei meu dever de casa e vi que seria perfeito para curtir os melhores atrativos da Chapada…rs

Como chegar:

A cidade Chapada dos Guimarães está localizada a menos de 70 Km de Cuiabá e é a principal base para quem visita o Parque Nacional da Chapada. Conseguimos uma ótima promoção de passagens voando GOL de São Paulo até Cuiabá, onde alugamos um carro para chegar até Chapada. A viagem foi super tranquila, durando pouquinho mais de uma hora.

Melhor época:

A região da Chapada tem dois climas muito característicos: seco (de abril a outubro) e chuvoso (de novembro a março). Em ambos é possível ver as belezas do local de maneiras diferentes.

No período chuvoso, pode ser que alguma nebulosidade  cubra os horizontes ou o excesso de chuvas pode impedir o acesso a alguns atrativos, bem como deixar as água das cachoeiras bem turvas e com grande volume (perigo de tromba d’água). Já na seca, você pode se deparar com volumes de água bem baixos (como foi meu caso), o que tira um pouco da beleza das cachoeiras e também há risco de queimadas no final do período (como também foi meu caso!  Quando chegamos no feriado, soubemos que fazia dias que um incêndio perto do parque estava tentando ser controlado e isso impediu o acesso à famosa cachoeira Véu de Noiva. Mas tudo bem, é motivo para voltar!).

Resumindo, meu maior conselho é sempre verificar as notícias e informações no site do ICMBio e, caso já tenha comprado passagens com antecedência, aproveite o que der, pois provavelmente você verá coisas lindas ou quase a maioria dos melhores atrativos, como no meu caso.

Onde ficar:

Como chegamos quase meia noite em Cuiabá e não quisemos dirigir de madrugada por estradas desconhecidas, passamos a noite em um hotel em frente ao aeroporto. Pra quem não sabe, o aeroporto de Cuiabá fica, na verdade, na cidade vizinha Várzea Grande (tipo o aeroporto de Guarulhos, sabe?!). O nome do hotel é Hotel Express e fizemos a reserva pelo Booking.com mas se preferir pode ser feito também no Hoteis.com. O preço foi bem razoável e o hotel tem o suficiente para passar uma noite: um bom quarto e banheiro, limpos, com ar condicionado (detalhe essencial em Cuiabá) e café da manhã delicinha, embora simples.

Já na Chapada, reservei por e-mail um quarto na Pousada Bom Jardim.

Prós e contras:

  • Prós: A pousada está bem no centrinho de Chapada, na rua lateral da praça principal. À noite, você fica muito próximos dos bares e restaurantes, feirinha de artesanatos. Sem contar que tem um supermercado na esquina da pousada, fato importante para que você compre água e alimentos que vai levar para as trilhas. Tem estacionamento gratuito, wi-fi e os valores são bem atrativos para quem busca aventura e fica fora o dia todo. Além disso, o café da manhã é bom, mas com as opções básicas.
  • Contras: Como reservei já meio tarde, o quarto era com ventilador e um dos quartos mais antigos da pousada. A parte do ventilador nem fez diferença, pois à noite, a temperatura cai um pouquinho. Mas o quarto era bem simples, sem um frigobar ao menos para gelar nossa água, sem serviço de quarto e o banheiro, então, nem se fala! Na verdade, ele era velho e sem box. Já não havia mais quartos disponíveis e, como nós fomos no modo low-cost e não somos frescos, passamos o feriado numa boa. Entretanto, a pousada tem mais quartos novos que foram construídos há menos tempo. Se estiver a fim de pagar menos e reservar com antecedência, talvez pedir por um desses quartos novos seja uma opção. Se você for mais exigente e fizer questão de mais estrutura, não recomendo essa pousada.

Meu Roteiro:

O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e você encontra informações aqui. Cerca de um mês e meio antes da nossa viagem, comecei a pesquisar por guias e saber sobre os valores cobrados. Em geral, não muda muito. Se você quiser um guia particular (e nem todos aceitam guiar assim), obviamente sai mais caro, cerca de R$ 120,00 a R$ 150,00 por pessoa por dia. A maioria faz os passeios em grupo (máximo de 8 a 12 pessoas por grupo, dependendo do guia) e o valor gira em torno de R$ 50,00 a R$ 65,00 por pessoa por dia.

Lembrando que essa foi a faixa de preço que eu encontrei para a época do feriado. Já ouvi falar em pessoas que pagaram bem menos. Eu busquei pelos guias credenciados pelo ICMBio (veja a lista clicando aqui) e, após conversar com alguns deles, optei por fazer os passeios com a Alinne Assunção (65 9288-7226), pois o grupo dela podia sair para o primeiro passeio um pouquinho mais tarde no dia em que cheguei, uma vez que eu estava vindo de Cuiabá no mesmo dia. A Alinne foi muito prestativa por e-mail e whats app e, pessoalmente, é uma pessoa muito animada e sabe muito da Chapada. Mas todos eles são parceiros e, caso o que você converse não possa te guiar, eles com certeza vão ter alguém pra indicar. Além de que falei com alguns da lista e todos pareciam ser muito bons.

  • 1º dia: Circuito das Cachoeiras

O circuito das cachoeiras tem pouco menos de 9 km de extensão, que são percorridos à pé. A entrada por carro fica próxima à Cachoeira Véu de Noiva e só é feita com guia autorizado pelo parque, pois é preciso abrir uma porteira que fica fechada com cadeado. Chegando no limite máximo de carro, é dado início à caminhada, que pode ser feita por qualquer um dos “lados”. Vou explicar: por ser um circuito, a trilha é feita em círculo e você escolhe por onde começar. Mas uma dica válida é iniciar pela Cachoeira das Andorinhas, pois é a distância mais longa percorrida sem muita sombra e essa é a maior cachoeira do circuito. Ou seja, você passa pelo mais cansativo logo no começo e toma um banho delicioso que vai te dar energias para continuar a trilha que, depois disso, já é bem mais tranquila e a distância entre uma cachoeira e outra fica bem menor. No total, foram seis quedas visitadas no circuito e em cinco se pôde tomar banho. E foi pela Andorinha que começamos! Até se chegar nela, a paisagem do cerrado vai oferecendo coisas muito novas e lindas, as quais são ainda mais interessantes se seu guia for um bom conhecedor.  (fotos abaixo: Cachoeira das Andorinhas)

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A próxima parada são as “Piscinas Naturais” e, apesar do nome ser convidativo, essa é a (mini) queda que está fechada para banho. Isso porque o local só tem uma pedra lisa e um poço profundo que tornam difícil a saída do banhista do poço e, se é época de chuva onde a correnteza fica mais forte, a dificuldade se eleva. Na sequência estão as quedas:

Prainha

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Cachoeira dos Degraus

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Cachoeira do Pulo

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Cachoeira Sete de Setembro

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As minhas preferidas foram Andorinhas, Pulo e Sete de Setembro. Aliás, começando o circuito pela cachoeira das Andorinhas, tivemos a sorte de pegar um “contra-fluxo”, o que possibilitou termos a maioria das cachoeiras só pra nós por um bom tempo. Um ponto bem importante que queria deixar claro aqui pra vocês é que, nessa época de seca em que fomos, o volume das águas estava bem baixo. Vocês podem olhar as fotos e se perguntar “Só isso?”, mas asseguro que elas são visões do paraíso no calorzão do cerrado! (rs!) Por fim, saindo da Sete de Setembro, a última parada é na Casa de Pedra, uma pequena caverna que serviu de abrigo para muitos bandeirantes e até mesmo povos primitivos.

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No caminho de volta à cidade de Chapada está uma entradinha com placa ao Mirante Alto do Céu. São alguns quilômetros em estrada asfaltada e, passando uma base do exército, anda-se um pouquinho mais por uma estrada de terra razoavelmente boa, até se chegar a uma espécie de restaurante (desativado), mas no qual havia um senhor cobrando R$ 10,00 pela entrada. No outro dia ficamos sabendo que a área toda, desde o restaurante até o mirante, incluindo a tirolesa Vôo da Águia, haviam sido interditados pelas autoridades por falta de alvará, uma vez que tudo está dentro de sua propriedade. Enfim, o fato é que após chegar de carro nesse ponto, caminha-se uns dez minutos até o mirante. Independente de qualquer coisa, foi uma das vistas mais lindas da Chapada, na minha opinião. Chegamos correndo para ver o pôr-do-sol e praticamente atrasados. O espetáculo já estava quase no fim, prejudicado pela quantidade de fumaça no horizonte proveniente das queimadas. Mas, ainda assim, a cor deixada no céu foi linda.

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  • 2º dia:  Mirante do Centro Geodésico.

No segundo dia de Chapada fomos fazer o Circuito das Cavernas e, no caminho, também está uma entradinha na rodovia para o mirante do Centro Geodésico. É de bem fácil acesso e, por isso, estava cheio. Nossa guia nos aconselhou pararmos ainda pela manhã, pois o horário em que se termina o passeio nas cavernas pode variar muito e, se deixado para depois, pode ser que se chegue ao mirante após o pôr-do-sol. Chegando lá, o que se encontra é uma extensa superfície de terra com vista para o vale:

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Não desanime! Andando para o lado direito haverá uma pequena trilha de descida e algumas pessoas indo e voltando de lá. Descendo alguns poucos metros você verá a tão esperada Pedra do Dedo:

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Este Centro Geodésico do Brasil seria um local situado a uma mesma distância na terra entre os oceanos Atlântico e Pacífico. É o que muitos (inclusive eu) acreditam (ou acreditavam) em relação a este lugar na chapada. Entretanto, soubemos pela nossa guia que, na verdade, este ponto da chapada não é o centro geodésico real; é apenas uma “homenagem”, um marco de altitude em relação ao verdadeiro centro geodésico do Brasil, que está em Cuiabá, na praça Pascoal Moreira Cabral.

De Chapada até à sede da fazenda onde se encontram as cavernas são aproximadamente 46 km, sendo uma parte em estrada de terra. Este trecho é em meio a plantações de algodão que podem ser lindas, mas ao anoitecer nos deixam meio sem rumo da direção. Por isso, vá e volte sempre com um guia. Essa é a entrada da fazenda:

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É nesta cobertura que será o seu almoço, caso você o solicite. Um pouco antes, fica um balcão onde são feitos os pagamentos. Para este passeio, além do guia, é pago entrada (em torno de R$ 45,00), almoço (opcional, em torno de R$ 35,00) e o trator para ida ou volta ou os dois (em torno de R$ 15,00 por pessoa).

Duas explicações:

  • O termo “em torno” é porque valores dependem muito da época e datas em que se visita à Chapada.
  • A partir desse ponto, a trilha a pé tem cerca de 11 km (ida e volta). Por isso, a fazenda oferece esses tratores que te trazem de volta numa espécie de jardineira. Você pode pagar só a ida de trator, só a volta ou os dois. Uma pulseirinha de cores diferentes identifica que tipo de serviço você comprou. Eu recomendo muito que a ida seja feita à pé para se aproveitar todas as atrações e belezas do caminho e, na volta, use o trator, pois o cansaço pode bater. O primeiro ponto de apreciação da trilha é a Ponte de Pedra, um pequeno mirante com vista para o cerrado:

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Em seguida, chegamos ao primeiro salão da caverna Aroê Jari (até aqui, é o maior trecho caminhado sob o sol, com poucos metros de sombra na mata). Esta caverna é a maior caverna de arenito do Brasil e é cortada por um riacho que, na época de chuvas pode alagar todo o salão, não permitindo a entrada.

***Dica valiosa: leve sua lanterna! Você vai pensar nisso quando estiver aí e, na entrada, tiver tido o azar de todas as disponíveis para alugar terem se esgotado.A entrada na caverna é feita até alguns metros adiante. Após isso, já se encontra o riacho e entrar nessa água não é muito recomendado, devido às fezes de morcegos e outros animais. Continuando a caminhada, chega-se ao segundo salão da caverna e, na sua saída, está a pedra de três pontos, uma pedra enorme que é sustentada apenas por três apoios:

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No segundo salão, a caminhada é limitada até certo ponto pelo mesmo motivo acima. O legal desse salão é que aí vive uma família de morcegos, que, segundo os guias, há muito tempo fica penduradinha no mesmo local. Neste dia, devido ao grande fluxo de visitantes, nós conseguimos vê-la, porém em outro lugar. Mas era um “cacho” enorme de morcegos! Mais alguns minutos de caminhada e chegamos na Lagoa Azul. Atualmente, o banho é proibido, pois a cor da água só se mantém assim, azul bem clarinha, porque os sedimentos do fundo não estão em suspensão. O melhor horário para se chegar na Lagoa Azul é às 14:00h, quando o sol está incidindo ao máximo no interior da gruta, intensificando a cor. O problema é que muitos guias sabem disso e, por volta desse horário, o local fica cheio em épocas de feriados. Nossa guia nos disse que, de outubro a fevereiro, o sol não bate diretamente na lagoa; achei essa informação um tanto quanto importante para dividir com vocês.

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A próxima e última parada é a caverna Kiogo Brado. Esta é possível se atravessar caminhando de uma abertura à outra, pois não há riachos em seu curso, apenas uma pequena nascente. Ela possui 28 metros de comprimento por 72 metros de altura. A caminhada é relativamente rápida, mas a experiência e o visual dos paredões de arenito são incríveis.

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O circuito das cavernas é um passeio com muita caminhada no calor do cerrado, sem ponto para banho. É muito importante levar protetor solar, boné/chapéu, água e lanchinhos. Mesmo que você tenha pagado pelo almoço na sede da fazenda, a caminhada é longa e é necessário repor as energias.Também quero dividir com vocês o seguinte: na entrada da fazenda se escolhe o horário do trator que você deseja voltar. Isso é aproximado e não significa que você terá que voltar a pé se perder o seu (a menos que tenha escolhido o último dos últimos); você pode pegar o próximo, caso te caiba. O importante é você saber que o trator pode atrasar. Chegando de volta à sede, é hora de almoçar. A comida é caseira e gostosa. Também no início do passeio, na entrada da sede, se escolhe o que você vai querer comer: quando fui, as opções eram frango em molho ou peixe frito e, claro, os acompanhamentos como arroz, feijão e salada. Quando chegamos do nosso passeio o local do almoço estava tão cheio que assustamos. Isso pode acontecer em alta temporada e feriados. Como não queríamos comer naquele aperto, decidimos ir primeiro tomar um banho de cachoeira em uma queda que tem pertinho da entrada da fazenda, a Cachoeira do Relógio (ou Almíscar), e assim nos livrar do calorzão de todo passeio. Mas isso já era quase cinco horas da tarde e quando voltamos para “almoçar” só havia a gente. A nossa guia já havia falado com a cozinheira e pudemos comer tranquilamente ao cair da tarde. Embora a comida fosse caseira, não achei o valor cobrado justo, uma vez que a infraestrutura do local não acolheu a alta demanda de visitantes, como já era de se esperar.Mas, o que importa é que no fim tudo deu certo e voltamos pra Chapada aliviados após o banho:

Cachoeira do Relógio e sua água gelaaaaada

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  • 3º dia: Cidade de Pedra

Nosso último dia na Chapada foi também o dia do nosso vôo de volta à São Paulo. Mas, como o mesmo partia por volta das 23:00h de Cuiabá, tínhamos praticamente um dia todo ainda para aproveitar. Já haviam me recomendado o passeio à Cidade de Pedra, que tem duração de apenas um período do dia, e resolvemos fazê-lo meio de última hora. Isso porque estávamos na maior dúvida se nosso carro comum alugado chegaria até lá. Ouvimos de vários guias que a estrada, em sua maioria de terra, era de um areião muito extenso, o que só permitiria chegar carro 4×4. Eu perguntei a um guia que tinha esse tipo de carro e ele me disse que geralmente o valor deste passeio entre guias e as agências é de R$ 100,00 por pessoa. Entretanto, nossa guia já havia nos dito que tinha ido várias vezes à Cidade de Pedra em seu carro, um Palio, e que não tinha tido problemas. Como as opiniões eram divergentes nesse ponto, busquei saber mais com outros guias e a sensação que tinha era de que eles até iriam por si só em carros comuns ao local, mas que não se sentiam confortáveis em dizer isso aos turistas e talvez coloca-los em apuros. Até que encontrei uma opinião que me agradou: um dos guias me disse que dava sim para chegar com carro comum, mas que era importante ter experiência no volante com esse tipo de solo bem arenoso e nos indicou um outro guia que tinha essa experiência. Combinamos com ele e o valor saiu em R$ 120,00 para o casal, em nosso carro. Ele dirigiu nosso carro em todo percurso e realmente tinha experiência. O caminho não era todo aquelas coisas que pareciam querer nos mostrar. Na verdade, achamos um tanto tranquilo, em algumas partes sendo a quantidade de areia bem perigosa para atolar, especialmente no final da estrada, quase chegando à entrada da Cidade de Pedras. Nesse ponto, havia uma curva com muita, muita areia e, confesso, talvez tivéssemos ficados atolados aí caso eu ou meu namorado estivéssemos dirigindo. Mas, graças à experiência do nosso guia e, claro, o conhecimento de cada ponto da estrada, chegamos sãos e salvos (e voltamos também) e fizemos um passeio incrível. Apenas ressalto que nosso guia nos advertiu do risco de atolamento e mesmo assim realizamos o passeio em nosso carro POR LIVRE E ESPONTÂNEA VONTADE.

A Cidade de Pedra é um conjunto de formações rochosas que, devida à ação dos ventos e chuvas ao longo do tempo, formou no topo dos paredões desníveis que se assemelham a ruínas. A vista lá de cima é muito bonita e dos paredões é possível ver as araras vermelhas saindo em pleno vôo. Também pode-se ver o Vale do Rio Claro e o curso do rio.

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A sorte de fotografar uma arara vermelha em pleno vôo. Devido ao incêndio que assolava a região nesses dias em que fomos, a alta quantidade de fumaça deixava o fundo de algumas fotos assim, meio embaçados, como vocês podem ver. Mas já dá para imaginar que, sem isso, o visual seria ainda mais incrível.

Como o passeio à Cidade de Pedras levou apenas a parte da manhã, ainda tínhamos a tarde para aproveitar. Resolvemos então conhecer as cachoeiras do Marimbondo e da Geladeira, ambas em propriedades particulares e de fácil acesso, não precisando de guia. Elas estão distantes uma da outra em cerca de 1 km, mas como pertencem à donos diferentes, paga-se a visitação em cada uma, no valor de R$ 7,00 por pessoa. Para chegar lá, você verá placas no centro de Chapada com indicação. Quando a rua de asfalto acabar e começar a terra, você vai se deparar com uma “trifurcação”. Pegue a ruazinha do meio e siga. Em breve verá outras placas. É justamente por ter esse fácil acesso (chegando à sede, as trilhas a cada uma são bem tranquilas e curtas), que elas são muito frequentadas por moradores locais e de Cuiabá, principalmente ao finais de semana e feriados, o que enche muito os locais. Somou-se a isso o fato de termos ido na época de seca. As quedas estavam tão fracas que eram praticamente um canal de água escorrendo pelas pedras. Eu, particularmente, não curti essa visita. Ambas estavam tão cheias e com pouca água que não havia local para ficar e a cor da água estava turva e barrenta. Paguei para chegar lá, dar uma olhada e vir embora. Mas vi fotos de outras pessoas que tiveram mais sorte do que eu e as quedas estavam bem bonitas. Acredito que elas valham bem mais à pena na época das chuvas. Com certeza eu voltaria nessa época para tirar a prova. Deixo uma foto de cada uma para que vejam como elas ficam na seca:

                     Cachoeira do Marimbondo

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 Cachoeira da Geladeira

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Considerações finais:

  •  Foi também por causa do incêndio que não conhecemos a Cachoeira Véu de Noiva, cartão postal da Chapada dos Guimarães. Isso porque os bombeiros e ICMBio fecharam o local para usar o estacionamento como pista de pouso para helicópteros e aviões que ajudavam no combate ao incêndio. Em períodos de seca é muito importante que você verifique com o guia que escolher ou até mesmo no site do ICMBio sobre as condições do local. Muitos guias me disseram que incêndios grandes como esse que eu presenciei não ocorrem com frequência, sendo mais comuns pequenos focos. E que de anos em anos, um incêndio como esse não é totalmente prejudicial ao cerrado, pois muitas sementes germinam após a exposição ao grande calor.
  • Ao entardecer, na volta para o aeroporto, pegamos MUITO trânsito na estrada para Cuiabá. O percurso que deveria durar pouco menos de uma hora levou mais de duas. É muito importante que você leve isso em consideração, principalmente nos feriados, para que não perca o vôo, como ocorreu com um casal que conhecemos. O fluxo de pessoas da capital que vão à Chapada no final de semana é bem alto, provocando esse congestionamento na volta. Tome cuidado. No mais, aproveite e divirta-se muito explorando nosso país maravilhoso.”

 

A Carol é farmacêutica, tem 27 anos, paulista atualmente morando em São Paulo capital e, apesar de viver na cidade de concreto, sempre conta os segundos para estar em contato com a natureza e descobrir novos ares. Viagens e fotografia são suas paixões, além do amor sem limites pela família e pelo noivo, Marcus, seu mais fiel companheiro de aventuras. Instagram :  @carol_trevelin.

Volte sempre, Carol!!! E bons voos!!!

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Fabi Gama
Fabi Gama: Carioca, taurina, casada, 39 anos, advogada, louca por viagem, fotografia, chocolate e pela Grécia. Conhece o calendário de feriados de cor e salteado! Já carimbou seu passaporte em mais de 50 países e pretende conhecer muitos outros! Acompanhe as aventuras pelo instagram @loucosporviagem.
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  1. David Guimarães

    Olá, gostei muito do seu site, pretendo viajar para um congresso em Cuiabá e conhecer também a Chapada dos Guimarães, as dicas são ótimas e irei no mês de outubro, espero que não tenha grandes incêndios e que os passeios tenham um bom preço e estejam disponíveis.
    De Teresina a Cuiabá será uma viagem longa, mas conhecer pontos turísticos assim deve ser gradificante.
    Obrigado pelas dicas!

    Responder
  2. Diego

    Oi Fabi,

    muito legal seu relato! ajudou bastante, obrigado!

    Responder
  3. Muito bom!

    Responder
  4. Melina

    Relato perfeito, rico em detalhes importantes. Obrigada!

    Responder
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