O Salar de Uyuni é o maior deserto de sal do mundo (aproximadamente, 64 milhões de toneladas de sal), com altitude de 3.650m e extensão de aproximadamente 12mil km2, localizado no sudoeste da Bolívia. Segundo os guias da região, supõe-se que o deserto fora, há milhões de anos, um pedaço de mar que se transformou num enorme lago e, com a evaporação da água, surgiu o deserto.
Além da paisagem desértica e branca do Salar de Uyuni, avistam-se nessa viagem: gêiseres, montanhas, lagos de diferentes cores e milhares de flamingos. Fiz essa viagem em novembro de 2010, conjugada à viagem do Deserto do Atacama, numa travessia de 4×4 desde San Pedro até Uyuni que durou 4 dias, ida e volta, passando por locais distintos. Em breve farei um post sobre a viagem do Deserto do Atacama.
Informações úteis:
- Câmbio: usei dólares americanos para pagar o tour de 4 dias na Bolívia. A maioria das agências de San Pedro aceita cartão de crédito. Comprei pouca moeda boliviana com a própria agência que fez o passeio.
- Mal de montanha: também chamado de mal de puna, é o mal-estar provocado pela rarefação do oxigênio na altitude, que na média é superior a 4 mil metros. Os guias sempre aconselham a ingerir chá de coca que ajuda a combater o mal-estar e a redução de esforços físicos ao mínimo. O ideal seria fazer uma aclimatação nos primeiros dias e ir aumentando as altitudes aos poucos. Eu tive muitas dores de cabeça nos dias que antecederam essa viagem pela Bolívia, mas durante o percurso não me senti mal.
- Passei por grandes amplitudes térmicas, ou seja, usei roupa tanto de frio (muito frio) como de calor. Nas hospedagens havia roupa de cama e não senti frio com os cobertores.
- Como o clima é bastante seco e com muito vento, não esqueça de levar um hidratante labial e algo para “umidificar” o nariz, além de óculos escuros e protetor solar.
- Não nos pediram a comprovação da vacina amarela, mas a Bolívia é um dos países que exige.
- Levar muita água para se hidratar, pois não tem onde comprar. No nosso tour, o guia levou vários galões.
- Recomendo levar seu próprio papel higiênico (rs!).
- Não havia internet em lugar algum dessa viagem.
Melhor época:
A época com menor incidência de chuvas vai de junho a novembro. Durante o período de chuvas e degelo do verão forma-se sobre o Salar uma lâmina d’água que reflete a imensidão do céu, mudando a paisagem, mas deixando-a tão interessante quanto na seca.
Como chegar:
Para conhecer o Salar de Uyuni é comum as pessoas irem via San Pedro de Atacama no Chile ou, outra opção, seria pela Bolívia, voando até a capital La Paz. Eu fiz via Chile porque eu ia visitar o Deserto do Atacama antes do Salar de Uyuni, então voei do Brasil até Santiago com milhas e comprei o trecho aéreo pela LAN entre Santiago e Calama e mais um trecho em van de Calama a San Pedro de 100 Km feitos em aproximadamente 2h de viagem em estrada asfaltada.
A melhor maneira de se chegar ao Salar de Uyuni é contratando uma agência de viagens. Existem inúmeras opções em San Pedro, assim como na cidade de Uyuni, na Bolívia. Dizem, mas eu não tenho certeza (você pode pesquisar), que essa viagem sai mais em conta se começar em território boliviano, porque San Pedro é bastante turística.
Distâncias aproximadas de Uyuni a outras cidades:
- Potosi = 210km
- La Paz = 730km
- Santa Cruz de La Sierra = 865km
- San Pedro de Atacama = 500km
Eu contratei o transfer Licancabur para ir de Calama a San Pedro, onde nos hospedaríamos por 5 noites e contarei tudo no post sobre o Deserto do Atacama. No caminho, dá pra ir apreciando a natureza marrom-alaranjada do deserto. Quanto mais próximo a San Pedro, mais bonito.
Os tours das agências para o Salar de Uyuni incluem transporte em 4×4 para 6 pessoas com motorista, alimentação e hospedagem simples para 3 ou 4 dias. Há várias agências de turismo em San Pedro que oferecem esse tour. Optamos por fechar um carro para 3 pessoas e pedimos hotéis com banheiro privativo e água quente, dividimos o custo total e saiu a U$500,00 por pessoa.
Escolhemos a agência ATACAMA MÍSTICA para fazer um roteiro circular em 4 dias até o Salar de Uyuni e essa agência foi a mais flexível quanto ao nosso pedido de troca de hostels por hotéis com banheiro privativo e água quente. Eu até havia pesquisado antes pra saber se existiam e sim, existem. Negociando o pacote na agência, indiquei os hotéis Tayka , eles têm 4 hotéis pela região, mas não havia vagas.
Onde se hospedar:
Na 1ª noite ficamos no Ecolodge Los Flamencos e foi muito bom.
Na 2ª noite foi um desastre, pedimos um hotel de sal e nos colocaram num hostel fajuto, o Villa Martin hostel. Meu marido queria me matar pela segunda vez na viagem (rs!). A primeira está descrita no relato do Atacama.
A 3ª noite foi em Mallku Villamar, um hotelzinho razoável.
Pontos altos da viagem:
- Laguna Verde
- Laguna Colorada
- Desierto de Siloli
- Laguna Cañapa
- Salar de Uyuni
- Gêiseres Sol de La Mañana
Roteiro de 4 DIAS: DO DESERTO DO ATACAMA no CHILE ao SALAR DE UYUNI na BOLÍVIA e volta
1º DIA
A agência ATACAMA MÍSTICA nos pegou no hotel em São Pedro do Atacama bem cedo, num micro ônibus com outras pessoas e nos conduziu, primeiramente, até onde devíamos fazer os trâmites legais de saída do Chile. Havia uma grande fila e os policias de fronteira revistaram todas as malas.
Depois fomos até a fronteira com a Bolívia, em torno de 1h de distância do posto chileno, por estradas asfaltadas e sinuosas. De lá, os carros chilenos não podem continuar, então as agências contratam outras agências bolivianas, para que peguem os turistas ali naquela fronteira, um local chamado HITO CAJÓN. Chegando ali, ganhamos um bom café da manhã, tipo um pic nic. Fizemos os trâmites legais de entrada na Bolívia. Fomos os últimos e os dois policiais bolivianos da imigração disseram que havia um valor em dinheiro para aquela permissão. Sabíamos que não havia, pois o motorista da van avisou-nos disso e que, caso acontecesse, era pra dizermos que o conhecíamos. Então foi assim, conversamos e não pagamos nada.
Até aqui, o único banheiro disponível é um famoso ônibus lata velha da fronteira (rs!).
Já era hora de pegar a estrada, fomos os últimos a sair da imigração, todos os outros 4×4 já haviam partido. O David, nosso guia boliviano, era um cara super tímido, simpático e pé pesado. Então… rock ‘n’ roll detonando no radinho e voo pela estrada de terra, deixando um rastro de poeira naquela imensidão desértica.
Um guia realmente é necessário, pois não dá pra saber qual trilha ou rastro seguir naquele deserto imenso. As pistas são os rastros das rodas dos veículos e eram muitas, mas às vezes se apagam pelo ação do vento. Logo ali já inicia a Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa. A uns 10km da fronteira fica a primeira parada: LAGUNA BLANCA e LAGUNA VERDE (4.350m de altitude), que juntamente com o vulcão Licancabur ao fundo formam uma das paisagens mais lindas que já vi. As lagoas são salgadas e a coloração verde se deve aos sedimentos de magnésio, carbonato de cálcio e arsênio.
Prosseguindo viagem, não pudemos deixar de parar para registrar a imensidão do DESERTO DE DALÍ, digno de uma pintura surrealista do famoso pintor de mesmo sobrenome, dentro ainda da Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa e com uma altitude média de 4 mil metros. Em seguida tem uma parada nas Termas de Polques, pequenas piscinas naturais com água quente a 4.400m de altitude.
Paramos para almoçar em um alberque chamado Ildayllajara, onde o guia fez a comida na cozinha emprestada (sim, o motorista preparou todas as nossas refeições). Enquanto isso, demos uma volta pelo estabelecimento e pensamos: “Ainda bem que não ficaremos aqui”. Os quartos cheiravam mal, o banheiro compartilhado não tinha papel higiênico nem chuveiros. O vento uivava e fazia a cobertura da casinha tremer. Não vi hóspede algum.
A comida de David era simples mas bem gostosa e ele não quis sentar-se conosco.
Uns km à frente sentido norte, deparamo-nos com uma laguna vermelha, de verdade! A LAGUNA COLORADA é espetacular, tem apenas 35 cm de profundidade de uma água vermelha sem igual! É devido aos sedimentos e pigmentos de algas que vão de tons marrons até vermelho intenso. É um lugar onde os flamingos se alimentam de minerais e estão presentes, principalmente, os da espécie James, mas também podem ser encontrados os flamingos Andino e Chileno. Aqui a altitude era de 4.560m.
De vez em quando, passávamos por outra caminhonete, voando pelo deserto, com outros turistas aventureiros, certamente empoeirados como nós. Uma imagem muito bonita, parecem participar de um rali.
Acredito que todos os guias parem na ÁRBOL DE PIEDRA, já que foi declarado monumento natural, só não sei por quem… Trata-se de uma formação rochosa devido à erosão do vento, localizada no DESERTO DE SILOLI e não havia ninguém nesses lugares.
Seguindo em frente, chegamos à LAGUNA HONDA, na altitude de 4.115m, onde pudemos notar mais flamingos se alimentando. Logo em seguida, na LAGUNA HEDIONDA, a 4.530m de altitude fica o ECOLODGE LOS FLAMINGOS, onde nos hospedamos na primeira noite. O local é completamente vazio e silencioso. Apenas a natureza se faz presente. Aliás, som havia bastante: do vento. Era tão forte que imaginava aquele hotel sendo destelhado. A luz acabou… tudo ficou às escuras… o vento assobiando… a lareira era a única fonte de luz. Queríamos ir lá fora, mas o frio era tão intenso e o vento tão forte que desistimos instruídos pelo menino que era segurança, recepcionista e faz-tudo do hotel. Ele ficou o tempo todo conosco na sala e no dia seguinte nos acompanhou numa caminhada na redondeza. Não havia ninguém mais hospedado. Tinha uma cama super confortável, lençóis limpos e brancos, cobertores pesados e água quente no chuveiro. Não se iluda achando que vai encontrar bons chuveiros com uma vazão que irá massagear suas costas. Até porque, o gasto com água ali é controlado. Como estava faltando luz, os aquecedores do quarto não funcionaram. Para amenizar o frio, colocaram um aquecedor aceso por um pequeno botijão de gás acoplado. Ai ai ai!!! Que medo daquele troço explodir no quarto e a gente voar pelos ares gélidos do deserto. Nunca iriam me encontrar porque ninguém parou ou passou por ali durante a nossa estadia.
Havíamos pedido à agência, sempre que possível, hotéis bons para pernoitarmos e pagamos mais por isso. O ECOLODGE LOS FLAMINGOS era bom para os padrões da região, localizado a uns 300km da fronteira onde ingressamos. O diferencial aqui foram as refeições: jantar na noite em que chegamos e café da manhã no dia seguinte simplesmente espetaculares e caprichados. O café da manhã super bem servido com leite, iogurtes, cereais, pães feitos na hora, café, biscoitos também produzidos no hotel, chás… uma moça com traços bem típicos da região andina nos servia com muita simpatia. Pareceu estar alegre simplesmente por ter hóspedes. Enquanto comíamos, ela ficava olhando. E desta vez, David aceitou e sentou-se conosco à mesa. O faz-tudo do hotel colocou um som para escutarmos durante o jantar, era música brasileira. Acho que queria nos agradar e dançar. Conversou muito durante nossa estadia, disse que eles não têm companhia e hóspedes, trabalham apenas em 3 pessoas no hotel. Dormimos uma noite muito bem dormida. Nem ouvi mais os ruídos do vento.
2º DIA
Seguimos viagem naquela manhã gélida, a água do lado de fora do hotel estava congelada. O carro já estava ligado, esquentando há algum tempo, tudo calculado cuidadosamente pelo David, que também cuidou de abastecer o veículo com os galões que levava sobre o carro. Despedimo-nos do pessoal do hotel e seguimos viagem.
A primeira parada do segundo dia de viagem foi a LAGUNA CAÑAPA, a 4.140m de altitude e onde vimos muitas vicuñas, esses bichinhos tão bonitinhos que não nos deixam chegar perto e que somente são encontrados em região com mais de 3 mil metros de altitude.
Estacionamos o carro e fizemos uma curta caminhada até um mirante natural para o VULCÃO OLLAGÜE. Ali havia outros 2 ou 3 veículos parados com 6 pessoas em cada um. E aqueles caras quebravam mesmo o silêncio. Disse-nos o David, que bebiam e fumavam o tempo todo e sentiu pena do amigo guia. Vamos tomar consciência e ser exemplo: deixe rastros apenas de suas pegadas, a sujeira deve ser levada junto com você.
Voltando ao que interessa… o Ollagüe é um vulcão ativo, situado na fronteira Chile-Bolívia, na Cordilheira dos Andes. Tem 5.870m de altura e pudemos avistar de longe as suas fumarolas.
Adiante, atravessamos o SALAR DE CHIGUANA, uma linha férrea e um posto militar. Não avistei cidade nem mesmo algum vilarejo. Rodamos bastante nesse lugar, completamente ermo. Que frio! Não há banheiros, mas não deixe de beber água, pois o clima é bastante árido, tem muita poeira e pela altitude também é importante se hidratar.
Estávamos a uns 200km de distância do Salar de Uyuni e paramos no PUEBLO SAN JUAN para uma refeição. Não sei ao certo se há restaurantes, não me pareceu haver. Nosso guia David era quem cozinhava nossos almoços, jantares e cafés da manhã pelo caminho. Não foi o caso no Los Flamingos que estava incluso na estadia. Notei que David conhece as poucas pessoas que encontramos pelo caminho, nos diminutos povoados. Dessa forma, era fácil pedir emprestada uma cozinha e uma mesa para que tivéssemos uma refeição tranquila e longe da poeira exterior. A comida sempre muito simples, mas feita com carinho.
Mais alguns km e já no final do dia, chegamos ao Villa Martin Hostel na ‘orelha’ do SALAR DE UYUNI. Ele tem paredes, chão, mesas e bancos de sal. Deixamos as coisas nos quartos que escolhemos e fomos ver o pôr do sol no Salar. Andamos de carro pra qualquer lado, pois tudo é igualmente branco, uma planície imensa rígida e branca. Lindo demais!!!
Logo anoiteceu e voltamos para o hostel, onde o guia fez o nosso jantar, uma sopa deliciosa, quentinha pra aquecer aquele gelado início de noite. Depois do jantar, fomos cada um tomar banho e como fui a última, a água quente acabou bem na minha vez (rs!). Assim como a luz (socorro!rs!). Era um breu só! Todos já haviam se recolhido e eu não sabia nem voltar para o quarto. Acho que já tinham avisado aos outros, pois eu era a única fantasma… Ninguém me avisou que luz e água quente terminavam às 21h. E eu nem pensei em perguntar, afinal lembra que tínhamos solicitado hotéis com certo conforto e tal? Os 2 banheiros eram coletivos e não há uma recepção. Fazia muuuito frio, ainda bem que havia cobertores sobre as camas. Dormi profundamente.
3º DIA
Acordamos muito cedo, como em todos os dias dessa viagem, e fomos desfrutar do deserto branco. O guia levou-nos numa ilha chamanda INCAHUASI, repleta de cactos gigantes que podem passar dos 10m de altura. Não é a mesma Ilha do Pescado, com o qual muitas vezes a confundem. Essa é outra ilha espinhosa no Salar, mais distante do ponto em que estávamos. Enquanto andávamos pela ilha, o David estava preparando nosso café da manhã em umas mesas disponíveis ao ar livre.
É uma imensidão de sal que dá a impressão de que se está no céu, para quem imagina um céu branco (rs!). O Salar de Uyuni é a maior planície salgada do planeta. Está localizado na Cordilheira dos Andes e tem uma altitude de 3.650m. Consta que era um imenso lago pré-histórico chamado Lago Michin. Estima-se uma profundidade de até 120m de salmoura e barro lacustre. Explicou-nos o guia que é a maior reserva de lítio do mundo e que o governo permite exploração apenas por empresa nacional.
A criatividade rola solta nas fotos deste lugar, dá vontade de ficar horas e horas ali. Passamos por COLCHANI, um povoado de 580 habitantes, onde visitamos um museu de sal sem graça. Na sua redondeza são feitas colheitas de sal onde vimos homens trabalhando calmamente naqueles montinhos salgados. David tirou umas amostras de cristais que estão sob uma camada sal, cristais de sal mesmo, mas que reluzem!
Fomos para a cidade de UYUNI para almoçar. David nos deixou num restaurante e foi lavar o carro, marcamos horário para nos encontrarmos. No restaurante uma garçonete veio atender e depois sumiu, nunca mais apareceu. Lugar louco. Ficamos mais de hora esperando o pedido, perda de tempo me causa irritação (rs!). Um lugar que não recomendo, Restaurant 16 de Julio, além do atendimento ruim, a comida estava péssima. Resultado: não tivemos muito tempo para explorar a cidadezinha.
O restante do dia foi de viagem quase sem paradas, pisando fundo no acelerador, espalhando poeira em quem viesse atrás. Em quem??? Há horas não víamos ninguém, nenhum jipe… Ao pôr do sol, chegamos num local muito bonito, mas é óbvio que a luz do entardecer ajudou bastante: VALLE DE LAS ROCAS. Parada fotográfica e para esticarmos as pernas.
Chegamos já noite no alojamento desta noite em MALLKU VILLAMAR. Tinha banho quente, cama confortável e uma janta preparada por, adivinhem quem??? David! Nosso gourmet-guia. Macarronada! Hum, muito boa, feito na cozinha da hospedaria. Não havia calefação, então entrar e sair do banho foi tarefa difícil, assim como sair da cama na manhã seguinte. Não vi ninguém que trabalhasse nessa hospedaria. Não vi recepção, nem recepcionista, nem cozinha ou alguém da limpeza, nem camareira, nem hóspedes. Ninguém. Acho que também só vi dois quartos.
Dormi, como todos as outras noites, profundamente. Acho que é efeito da altitude, o cansaço bate forte e nos derruba à noite.
4º DIA
Acordamos bem cedo para chegar a tempo de ver gêiseres em atividade. O campo geotérmico SOL DE LA MAÑANA tem uma imensa atividade vulcânica, pequenos lagos sulfurosos em ebulição. Fica a 4.850m de altitude e estava bastante frio. Aí aproveitamos bastante tempo, pois já estávamos na metade do caminho para San Pedro de Atacama e não havia ninguém por perto.
Há longos trechos sem quaisquer instalações, então se faz lanche dentro do carro, vai ao “banheiro” atrás das pedras com vistas incríveis (foto abaixo), escuta-se uma lista de músicas repetidas vezes, mas mesmo assim valeu cada instante no deserto boliviano.
Chegamos em San Pedro de Atacama e fomos na agência Atacama Mística reclamar do hostel de sal, pois havíamos pedido e pago um valor maior para ficarmos melhor hospedados. Inclusive tínhamos sugerido o Luna Salada e há outros também. Para compensar o inconveniente, a agência nos deu o transfer até o aeroporto de Calama.
A viagem foi maravilhosa, pois a natureza compensou qualquer esforço. As paisagens são mesmo de tirar o fôlego! É uma imensidão, um silêncio, uma paz… Vale lembrar que é um destino para quem não tem “frescuras”, pois para começar o ar é rarefeito, tem muita poeira, muito vento, faz frio e não há boa infraestrutura.
Em breve contarei tudo sobre o Deserto do Atacama aqui! Aguardem!!
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Fotos incríveis!!!!amei o relato!!!!Paisagem de outro planeta!lindo demais!
Adorei. Adorei. Adorei. Já quero.
Um dia também iremos aí!
GOSTARIA DE SABER O VALOR APROXIMADO QUE CUSTA UMA VIAGEM DESSAS
Olá Renata,
depende da agência, pode custar 500 dólares por pessoa mais ou menos.