HAWAII – Volcanoes National Park

Em 09/12/2016 por Juliana Tolfo

Achei melhor escrever um post específico para esse parque, porque realmente ele merece. O Hawaii Volcanoes National Park fica na Big Island, a apenas 50 minutos de voo desde a capital Honolulu.

Acho que eu não tenho palavras para descrever o quanto belo é o parque dos vulcões. Aliás, parque onde está o famoso e ativo vulcão Kilauea. A mais longa erupção do planeta foi aqui em janeiro de 1983 e a última grande erupção foi em 2011 que fez ressurgir 123,2 km2 de terra. Imaginem!

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Como chegar: o parque fica na Highway 11, distante 50km do aeroporto da cidade de Hilo feitos em aproximadamente 45 minutos de carro em estrada asfaltada. Como chegar na Big Island veja .

Alugue um carro e percorra todo o parque, até porque ele é enorme e você vai precisar de um para se deslocar entre os mirantes e poder parar nos pontos que quiser visitar, além de conhecer o restante da Big Island.

  • Dica super importante: foi aqui dentro do parque que compramos a gasolina mais barata de toda a viagem no Hawaii! Custou us$ 2,79 o galão e fica ao lado do acampamento militar. A bomba de combustível é self-service e só aceita cartão de crédito.

Quando ir: o parque fica com o acesso aberto durante as 24h, todos os dias do ano. Apenas o centro de visitantes e o museu têm horários de funcionamento: Kilauea Visitor Center das 9h às 17h e Jaggar Museum das 10h às 20h (mas depende da atividade vulcânica).

O vulcão Kilawea está ativo então de acordo com as condições das atividades vulcânicas do momento algumas áreas podem estar fechadas para circulação de veículos, seja pela lava ou por emissão de gases tóxicos, mas isso será avisado no momento que você entrar no parque.

Se quiser informações antes de ir à Big Island, acesse o site da Hawaiian Volcano Observatory para ver as notícias atualizadas sobre as erupções do Kilauea.

Quanto custa: pagamos us$ 15,00 de entrada (pelo carro) na portaria e que valia para uso durante 7 dias consecutivos. Na portaria você recebe o mapa do parque, incluindo as estradas que porventura estejam fechadas no dia.

Onde se hospedar: há um único hotel dentro do parque, o Volcano House Hotel onde almoçamos com vista para a cratera do kilauea.

Volcano Village é a região mais próxima ao parque, lugar com pouca infraestrutura e com densa vegetação. Ficamos uma noite ali, para cedo podermos já curtir o parque. Pegamos uma cabana no meio do mato, que foi difícil de encontrar à noite sob muita chuva, mas foi super confortável!

O que há para ver no Volcanoes National Park?

Dentro do parque existem centenas de quilômetros de estradas asfaltadas que passam por mirantes, crateras e campos de lava. Há caminhos que você pode entrar em “lava tubes” – túneis formados pela lava. Há diversas trilhas, inclusive passando por dentro de crateras, de onde se pode ver locais que exalam fumaça vindo lá do fundo do planeta. É incrível!

Em quanto tempo visitar?

Em 1 dia dá pra fazer muita coisa. Como há muitas trilhas auto-guiadas dentro do parque e algumas são bem longas, vai precisar de mais tempo se você quiser fazê-las.

Fizemos uma trilha, almoçamos e andamos muito de carro em pouco mais de meio dia. Também fomos ao parque durante a noite para ver a caldeira fumegante do Kilauea.

Como passear pelo parque?

Para visitar o parque, você pode fazê-lo com o próprio carro, dirigir pelas estradas, estacionar nos locais indicados e descer para fazer as trilhas.

Nossa primeira entrada no parque foi logo depois de descer do Mauna Kea, era à tardinha e pouca coisa pudemos fazer, apenas andar numa “lava tube”. Interessante, mas o mais impressionante foi quando estávamos indo embora à noite e vimos a iluminação vindo de uma cratera. Dirigimos até o Thomas Jaggar Museum que é o melhor ponto de observação da cratera ativa do Kilauea e era o vulcão que estava atraindo a atenção de dezenas de pessoas. Desse ponto, muitos turistas fotografam, dia e noite, a magnífica cratera fumegante do Kilauea. É incrível ver a luminosidade do fogo e imaginar o quanto borbulhante deve estar lá embaixo dentro da cratera.

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De carro, passamos por diversas crateras como por exemplo: Luamanu, Puhimau, Ko’oko’okau, Hi’iaka, Pauahi e nos campos de lava há placas indicando quando foi que aquela lava se instalou naquele local.

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Há duas vias pelas quais você pode dirigir: a Chain of Craters Road e a Crater Rim Drive.

A Crater Rim Drive é a principal estrada do parque que cobre a parte superior da caldeira com vista para várias crateras, inclusive a principal cratera fumegante do Kilawea. Tem 17,5km de extensão e há diversos mirantes e diversos pontos de parada para fazer caminhadas em trilhas.

crater-rim-driveFonte: National Park Service

Pontos de interesse na Crater Rim Drive:

  • Centro de Visitantes: aberto de 9h às 17h, é onde você encontra todas as informações sobre as condições de visitação do parque.

 

  • Museu Thomas A. Jaggar: aberto das 8h30min às 18h, tem um acervo de fotos e histórias sobre o Kilawea, além de uma lojinha, banheiros e bar. Esse é o local onde tem a melhor vista da cratera do Kilawea e à noite dá para ver o vermelho das explosões no interior da cratera.

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  • Kīlauea Overlook: um mirante da principal caldeira do Kilawea (que tem 4km de comprimento), a Halema’uma’u Crater. A vista é parecida com o mirante do Jaggar Museum, mas aqui tem uma área para picnic.

 

  • Kilauea Iki Overlook: é um mirante e onde começa a Kilauea Iki Trail, passando por uma floresta e descendo até a cratera que está a 121m abaixo do mirante, com solo de lava seca, consequência da erupção de 1959. A trilha é toda na sombra até a cratera e lá embaixo você se vê dentro do caldeirão. Impressionante! Leve água, porque na volta é tudo subida.

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  • Kilauea Iki Trail: fizemos essa trilha e cansamos bastante (classificada como moderada), isso que nem fizemos o total dos 6,4km. A primeira parte é a descida de quase 2km até a cratera, mas pelo menos a trilha é na sombra. Uma vez lá embaixo, atravessamos quase toda a cratera e voltamos. A subida na volta foi bem cansativa.

 

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E a fumaça saindo das fissuras nos solo dá pra aquecer as mãos e os pés.

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  • Tubo de lava Thurston (Nahuku): uma curta caminhada em torno de 500m por dentro de uma exuberante mata e depois um pequeno túnel por onde a lava passou há mais de 500 anos.

 

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  • Puʻu Puaʻi Overlook: mirante com vista para a cratera de Kilauea Iki e também o início da trilha para Devastation Trail.

 

  • Devastation Trail: é uma trilha pavimentada de 1,5km ida e volta que passa por um local que foi devastado pela erupção do Kilauwea em 1959. Hoje em dia, há plantas crescendo neste local, mas eu não tive tempo de fazer essa trilha.

 

  • Keanakāko’i Trail: trilha que esteve fechada desde a erupção da cratera Keanakāko’i em março de 2008.

 

  • Bancos de enxofre: trilha de 1,6km ida e volta por onde gases vulcânicos se filtram desde o solo, depositando cristais de enxofre por onde passou a lava do kilauea.

 

Chain of Craters Road é uma estrada com 32km de extensão e um desnível de até 1.128m. O trajeto vai até a costa do oceano Pacífico passando por campos de lava. Pode-se levar mais de 3h ida e volta de carro, dependendo de quantas paradas fizer. A estrada termina onde a lava a destruiu em 2003. Quando fui, mais da metade dessa estrada estava fechada por conta de erupções.

chain-of-craters-roadFonte: http://bbs.qyer.com/thread-1349003-9.html

Pontos de interesse na Chain of Craters Road:

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  • Nessa estrada não há pontos de venda de comida nem de gasolina.

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  • Trilhas: Nesse percurso há algumas caminhadas que podem ser feitas como as trilhas: Pu’u Huluhulu, Pu’uloa, Napau e Mauna Ulu.

 

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  • Pu’u Huluhulu: é um campo de lava dos anos 1973 e 1974 e a trilha que adentra o campo inicia no estacionamento Mauna Ulu e tem 4,2km de percurso ida e volta. Deve levar água e ir com calçados apropriados.

 

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  • Pu’uloa: não fiz essa trilha, mas é um caminho que leva por paisagens esculpidas na terra, tem que ter cuidado aos pisar, pois os petróglifos são frágeis. A trilha começa no estacionamento Pu’uloa e tem 2,4km de ida e volta.

 

  • Mauna Ulu trail: fomos até o local da fissura da erupção de 1969 e achei o lugar incrível! Buracos enormes, deu-me a impressão que a terra está derretendo para dentro deles.

 

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Opção para ver a lava do Kilauea fora do parque: numa localidade chamada Kalapana, que eu em especial gostei muito de conhecer.

Para chegar lá, siga pela Highway 130 até o final da estrada, depois da cidade de Pahoa. Não vi nenhuma área oficial de visitação em Kalapana e por causa da natureza imprevisível do fluxo de lava, fique atento aos avisos do site do parque, que embora essa parte esteja fora dele é pra onde escorre a lava.

Não sabíamos exatamente o que íamos encontrar, eu não havia lido em local algum que ali seria possível ver lava, fomos na curiosidade de chegar perto do mar e ver a lava caindo na água, como em fotos e vídeos da internet. Não conseguimos ver exatamente isso, mas senti um impacto de ver um local devastado.

Estávamos indo pela estrada, quando de repente o asfalto terminou. Continuamos naquele solo preto e pedregoso. Em seguida estávamos numa região com lava em toda a nossa volta. Simplesmente chocante!

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Foi em 1990 que a lava do vulcão Kilauea engoliu 182 casas de Kalapana, que era uma vila pesqueira e uma praia de areia preta chamada Kaimu. Visitar esse local é um lembrete do poder brutal da natureza. Hoje pode-se ver casas isoladas que foram reconstruídas em meio aquele campo negro e desnivelado.

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Descemos do carro onde havia uma cancela proibindo seguir adiante. Caminhamos sobre a lava e não conseguimos chegar até o mar como eu queria, porque apesar de avisá-lo parecia nunca chegar e confesso que aquele deserto silencioso fez com que meus pensamentos se concentrassem na lava fumegante se movimentando sob meus pés (rs!). Dessa forma, achei prudente não se afastar muito da estrada, cujo solo era mais estável.

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É importante ir preparado com calçado resistente, pois a lava seca é quebradiça e parece formar lâminas afiadas.

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É incrível como a vida brota por baixo daquela massa negra que parece ser tão densa e morta.

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Lindas formações parecem que não terminaram seu percurso, como essa lava que escorreu por uma fissura e ali permanece como se o tempo tivesse parado para sempre.

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E as cores e as curvas? Muito interessante, não?!

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Quando estávamos indo embora, voltando pelo mesmo caminho, haviam interditado a área e tive que remover os obstáculos para irmos embora (rs!).

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O Volcanoes National Park deixou saudades… tenho vontade de explorá-lo melhor, porque o achei misterioso. Essa região dos vulcões me fez imaginar o quanto forte pode ser a força interior da Terra e o quanto sou pequena em relação aos fenômenos naturais.

Já leu o restante das dicas da Big Island no post ? Não perca!

Para informações completas do Hawaii, acesse os posts abaixo: 

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Juliana Tolfo
Juliana Tolfo: nasceu no Rio Grande do Sul, mas mora há dez anos no Rio. Adora desbravar lugares, principalmente aqueles que tenham belezas naturais e atividades ao ar livre. Ama fotografar e edita vídeos incríveis de viagens. No instagram compartilha suas belas fotos e ótimas dicas no perfil @julijourney.
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  1. Daiane

    Olá!! Fantásticos os relatos de vocês no Hawaii!!
    Estarei em Kona por 3 dias e gostaria de ir no vulcão, mas como não sei dirigir, terei que fazer tudo por transporte público ou agência de turismo… você saberia indicar uma? Muito obrigada desde já!!

    Responder
    • Juliana Tolfo

      Oi Daiane,
      Não lembro de ter visto transporte público no parque, nos dois dias que fui. Melhor pegar um agência, até porque são vários pontos de interesse e distantes um do outro.
      Não conheci nenhuma agência… entra no site do parque e veja se tem indicações.
      Beijo

      Responder
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