HAWAII – Big Island

Em 09/12/2016 por Juliana Tolfo

A maior ilha do arquipélago do Hawaii é também a com maior variedade de cenários naturais que percebi. Tem parque de vulcões, florestas densas com cascatas, praias de areias pretas e até uma de areia verde!

Este é mais um post sobre o Hawaii, para visualizar outras informações desse paradisíaco arquipélago, veja em Hawaii – Dicas Gerais.

 

COMO CHEGAR: há dois aeroportos em Big Island. Um que fica em Hilo e tem mais frequência de voos e fica do lado lesta da ilha e outro menor em Kona, no noroeste da ilha. Eu cheguei por Hilo num voo desde Honolulu, mas há voos direto de Los Angeles para Hilo.

QUANDO IR: qualquer época do ano. A média de temperatura anual fica em torno dos 25°C. Em agosto estava bastante calor. Quanto às chuvas, variam conforme a localidade da ilha, por causa das montanhas no sul. No geral, ocorrem chuvas durante o ano todo, eu peguei todos os dias que aqui estive, e como já comentei no primeiro post, não deixe de programar passeios por causa das previsões de chuva, pois geralmente elas são passageiras.

No alto Mauna Kea, as temperaturas são bem mais baixas, porque está a 4.205m de altitude, com média de 5° C nos meses de verão e temperaturas negativas no inverno (dezembro e janeiro). Veja no site do Weatherbase as médias de temperaturas.

Conhecemos pessoas que estavam em Kona (norte da ilha) sem um pingo de chuva enquanto que nós em Volcano (sul), estávamos no mesmo momento do dia sob um temporal. No sul da Big Island chove bastante, é o único lugar que tem floresta.

ONDE FICAR: eu preferi dividir em 2 locais diferentes. Como eu ia dar a volta na ilha toda e tentar conhecer o máximo possível em 3 dias, fiquei a primeira noite na pequena Volcano, para explorar o parque dos vulcões e a segunda noite em Kona-Kailua, região mais turística e próximo das praias do norte.

Você pode querer ficar em apenas um local, para não ficar carregando mala, mas isso vai da preferência de cada um. Eu preferi não perder muito tempo nos deslocamentos.

Para ler a lista completa com todos os hotéis da ilha clique aqui.

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COMO SE DESLOCAR: alugue um carro, com certeza. Se puder alugue um 4×4, principalmente se quiser ir no Waipio Valley e na Green Sand Beach. Em ambos você pode estacionar e ir a pé, mas precisará de tempo disponível.

O QUE FAZER:

Em 3 dias, dividi meu tempo assim:

1o dia: Mauna Kea, Kalapana, Volcanoes Park

2o dia: Volcanoes Park, Black Sand Beach, Green Sand Beach, South Point Road, Pu’uhonua O Honaunau, Kealakekua Bay, Keauhou Bay, Kaloko Honokohau

3º dia: Praias Kuna-Kailua, Hapuna Bay, Spencer Beach, Waipio Valley

Sobre o Volcanoes National Park eu escrevi um texto à parte (clique aqui para ver).

Mauna Kea: o topo do vulcão está a 4.200m de altitude vou falar uma coisa bem sério: estava frio! E ventava muito frio!

É proibido acampar, não tem hospedagem, restaurante, banheiro nem posto de combustíveis. É recomendável ter gasolina suficiente para subir e descer (óbvio), tomar ciência das condições do tempo e da estrada (por exemplo se não há gelo ou neve), pois serviços de emergência podem demorar mais de 2h para chegar lá em cima.

Do aeroporto de Hilo saímos em direção ao topo do Mauna Kea. Estava chovendo e céu completamente encoberto, não dava nem para ter ideia pra que lado ficava o topo da montanha. Mesmo assim, seguimos. Foram cerca de 3h de estrada asfaltada e sem movimento. No caminho, paradas para ver lava seca havaiana pela primeira vez.

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Quando estávamos já subindo, fomos ficando acima das nuvens e o sol apareceu. A paisagem mudou e estava magnífico. O frio também foi sentido à medida que subíamos.

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Chegamos aos 2.800m de altitude onde tem um Centro de Visitantes. Assistimos 5 minutos de um vídeo, observamos um grupo fazendo filmagens com personagens vestidos de deuses (rs!) e resolvemos seguir a estrada. Eles sugerem que se faça uma aclimatação de meia hora no Centro de Visitantes.

Não tivemos que pagar nada. Dali em diante havia uma placa dizendo que somente veículos 4×4 podem subir os 13km até o topo. Demos carona para 3 turistas europeus que estavam subindo a pé. E sem roupa! Não! Não pelados! Sem roupas de frio!

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Sinceramente, não achei que a estrada requeresse um carro tracionado, inclusive nem usamos a tração 4×4. O tempo estava bem aberto lá em cima e não havia turistas.

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Foi muito bom! Os telescópios não são abertos ao público. Tiramos as lindas fotos abaixo, mas tente imaginar a brisa geladinha que assolava nossas orelhas, a ponta de nariz e os dedos.

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Black Sand Beach (Punalu’u): a areia é grossa e bem escura, bem gostoso de caminhar sobre ela. Só não achei o mar convidativo, não sei se por conta do tempo que estava “borococho’. Gostei mais de tirar fotos na lagoinha cheia de flores e patos.

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Green Sand Beach (Papakolea): essa foi a praia que mais gostei de Big Island, porque o caminho já é uma aventura (tão eu isso!). Achar a entrada foi o mais complicado. Fomos pela South Point Road e pedimos informações próximo à entrada da estrada que leva à praia, havia muitos carros estacionados. Inclusive, disseram-nos que essa praia é proibida e o governo da ilha não incentiva a abertura ao turismo.

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Desconfiados, seguimos ali mesmo. A trilha logo começou e aqui sim, o 4×4 foi usado e abusado. A estrada na verdade não existe, são diversas trilhas que você vai escolhendo qual é o caminho menos pior.

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Muita gente parte daquele estacionamento a pé até a praia, uma distância de uns 2km no sol. Não há uma árvore sequer neste caminho.

Chegando na praia, a avistamos de cima, pois ela fica entre dois paredões de pedra e de terra verde escura. Tem uma trilha e uma pequena escada para dar início à descida.

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A praia é bem pequena, uma enseada com areia verde, devido a presença de um mineral chamado olivina. Não havia muito sol naquele dia, mas imagine uma praia com mar azul contrastando com areia esverdeada? Linda!

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South Point Road: uma estrada que nada tem, apenas uma vista do mar de cima dos penhascos que apreciamos na volta da Green Sand beach. Eu acho muito bonito, mas o tempo chuvoso não estava ajudando.

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Pu’uhonua O Honaunau Historical Park: é um sítio arqueológico à beira-mar, que custava us$5,00 pelo carro.

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Caminhamos sozinhos no pequeno sitio. Há uma praia bem pequena e que estava interditada. Fiquei sem saber se era porque o parque já havia fechado ou se era porque havia placas dizendo que era ponto de tartarugas.

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A ruína em si é muito simples, mas o que valeu a pena foi o pôr do sol.

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Captain Cook: fica na Kealakekua Bay e pulamos essa parte por causa da chuva, mas como o pessoal de lá disse ser um bom local para fazer snorkel, achei interessante dar a dica. Fica de frente para umas falésias.

Kona: é uma pequena cidade, com comércio para turistas, hotéis, restaurantes e empresas de passeios turísticos.

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O café de kona é muito famoso, mas eu particular e sinceramente, não achei nada demais. Aproveite os mercadinhos de Kona para comprar a macadâmia, caso você goste. Aqui é o maior produtor mundial e na Big Island há duas opções para visitação de fazendas produtoras: Mauna Loa e a Hamakua Farms. Eu não fui, tá? Mas fica a informação.

Hilo: é a maior cidade, onde fica o maior aeroporto e tem todos os serviços. Tem duas cachoeiras bonitas e bem próximas: Rainbow e Akaka.

Rainbow Falls:  fica dentro da cidade e tem placas indicando como chegar no local de carro. É grátis e tem muito mosquito! Sugiro ser indispensável o uso de repelente.

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Akaka Falls: fica entre Hilo e Waipio, próximo a Honomu. Fica 4 milhas depois que sai da highway e entra noutra estrada asfaltada, tem placas informando. Tem estacionamento que custa us$5,00 ou você pode deixar o carro na rua antes do estacionamento e entrar pagando us$1,00 por pessoa. Tem uma trilha curta asfaltada em descida. É fácil, mas com caía muita chuva e preferimos não descer.

Waipio Valley: chega-se lá pela Waipio Road, highway 240. Passa por Honokaa que parece uma vila faroeste.

Esse local tem o apelido de parque dos dinossauros e tem visitação liberada. Do mirante lá de cima você enxerga o vale, uma praia extensa de areias negras e uma cascata caindo no mar lá do outro lado do vale.

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Para descer na praia é permitido somente em veículos 4×4 ou a pé. Há um guarda que fica ali verificando se você está com o 4×4 engatado e só então permite você descer. É uma estrada precária de mão única. Existem alguns pontos de ultrapassagem, mas no geral é só para um veículo e é muito, muito íngreme.

O vale é maravilhoso, uma floresta densa e úmida. A estradinha vai até a praia e os carros ficam na sombra. Como não íamos ficar na praia, porque o mar estava só para surfistas de tão agitado, fomos andar para o lado direito, pois havíamos avistado uma cachoeira.

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Andamos costeando o paredão sobre as pedras. Andamos por mais de 30 minutos e não chegamos nem próximo à cascata. Conseguíamos vê-la, mas não chegaríamos até ela, pois não quisemos arriscar pelo seguinte fato: garoava cada vez mais e as pedras sobre as quais estávamos caminhando estavam todas soltas. O mar batia e o paredão que estava à nossa direita parecia instável. Eu imaginava que aquelas pedras caíram do paredão e antes de que algo se soltasse e confirmasse nossa teoria, resolvemos voltar. Então, em mais ou menos 1h de caminhada, não chegamos até a cascata. A foto abaixo foi tirada com zoom.

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Onomea Bay: logo após a Akaka Falls sentido Hilo, tem uma entrada para a Onomea scenic route (Pepe’ekeo) com 4 milhas de extensão. Entra numa estrada asfaltada de nome Kalaimano Road que desce para próximo do mar. Seguimos até o fim, mas quase não tem vista para o mar, é só floresta, ar puro e locais para fazer trilhas. Não vi pontos de banho no mar, mal enxergava a baía e por falta de tempo e porque chovia, não fizemos nenhuma das trilhas que as placas indicavam. Valeu a pena a estrada! Linda!

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Hapuna Beach: fica depois de Puako (onde as casas particulares tomam conta da praia) bem ao norte da Big Island e perto de Mauna Kea Beach. Tem infraestrutura, estacionamento, banheiros, bebedouro, área para picinic, sombra de árvores e areia fina.

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Waikoloa Beach: a chuva não ajudou, mas a praia é uma gracinha, praticamente particular dos condomínios. Aliás, a maior parte da orla norte é repleta de grandes condomínios com infraestrutura.

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Para informações completas do Hawaii, acesse os posts abaixo: 

 

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Juliana Tolfo
Juliana Tolfo: nasceu no Rio Grande do Sul, mas mora há dez anos no Rio. Adora desbravar lugares, principalmente aqueles que tenham belezas naturais e atividades ao ar livre. Ama fotografar e edita vídeos incríveis de viagens. No instagram compartilha suas belas fotos e ótimas dicas no perfil @julijourney.
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  1. Ótima descrição da big island garota !!

    Responder
    • Juliana Tolfo

      Hehehe obrigada Rafael surfista (pelo seu email deve ser, né?)!

      Responder
  2. André

    Olá vou viajar para o Hawaii dia 06/12/18, vi no seu roteiro de viagem na Big Island Hawaii que para subir no topo do Mauna kea precisa estar com um carro 4×4. Como você fez para alugar esse tipo de carro, alugou na hora no aeroporto de Hilo ou alugou antes pela internet?
    Pesquisei bastante pela internet e não consigo opção de carros com 4×4 para alugar, pode me dar a dica de como fez?
    Obrigado

    Responder
    • Juliana Tolfo

      Oi André, você viu uma foto que tirei lá e diz 4×4 only, mas nem usei a tração nas 4 rodas, pois não foi necessário. Foi fundamental em outros dois passeios que descrevi lá no texto.
      Eu peguei o carro, que era 4×4, no aeroporto de Hilo assim que cheguei, eu havia reservado via internet com antecedência (reservado já um 4×4) e se me lembro bem foi na empresa Alamo.
      😉

      Responder
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